Com cenários de tirar o fôlego, Panamá tem praias e ilhas paradisíacas
Região entre os oceanos Pacífico e Atlântico, se tornou nos últimos anos um dos destinos internacionais mais procurados pelo público
Dividido pelo Canal do Panamá, o país faz fronteira com o Mar do Caribe, Colômbia e Costa Rica. Situado entre o Atlântico e o Pacífico, sua posição geográfica era perfeita para encurtar rotas mercantis que cruzavam o planeta, o que era cobiçado pelas potências mundiais.
No entanto, os Estados Unidos apoiaram a independência da então província do Panamá da Colômbia, em 1903, construíram o Canal em 1914 e receberam os direitos econômicos de sua exploração por 85 anos. Apenas em 1999 o Panamá passou a ter controle absoluto sobre seu Canal e sua importante receita.
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Durante os anos 1930, a Grande Depressão e um golpe militar levaram a vários anos de instabilidade política e econômica. Em 1968, um regime militar tomou o poder e se manteve lá por mais de 10 anos, sucedido por uma turbulência política. Somente em 1994 o Panamá realizou as suas primeiras eleições democráticas.
Arborizada e contemporânea, a cidade do Panamá tem muito mais do que o típico chapéu e o famoso Canal, que é obra-prima da engenharia e liga o Oceano Pacífico ao Atlântico. É, de fato, a atração mais famosa, considerada uma das 7 Maravilhas do Mundo Moderno — e vale a visita!
Construído para diminuir drasticamente o tempo de viagem dos navios entre o Oceano Pacífico e o Mar do Caribe, tem cerca de 83 quilômetros de comprimento e possui um sistema de eclusas para levantar navios em até 26 metros.
De Miraflores, é possível ver os navios em trânsito a poucos metros de distância e ainda assistir a um documentário sobre a história do Canal. Em Colón, no lado do Atlântico, do Centro de Visitantes de Água Clara, se vê as novas e maiores eclusas.
Colón, aliás, é uma cidade pequena, mas uma das mais visitadas do país, já que é porta de entrada para regiões caribenhas. Banhada pelo Mar do Caribe, fica a cerca de 80 quilômetros da capital.
O destino é perfeito para curtir praias paradisíacas e também explorar a cultura local, que tem influências africanas e espanholas. Ali vale um mergulho na história, explorando os fortes e a presença de piratas na cidade. Em 1980, a Unesco declarou o Fort San Lorenzo e Portobelo como Patrimônio da Humanidade, descrevendo as fortificações como “magníficos exemplos da arquitetura militar dos séculos 17 e 18”.
Não deixe de pegar o barco para visitar a Ilha Mamey, repleta de palmeiras e praias de águas mornas daquele azul turquesa bem Caribe, com áreas perfeitas para o mergulho e um lado próprio para o surfe.
Considerada centro econômico, financeiro e cultural do país, a cidade do Panamá é também uma das mais antigas da América. Não tem como não se apaixonar por essa metrópole moderna e, ao mesmo tempo, cheia de história.
Com um centro histórico muito rico, praias de areia branca e águas cristalinas, a cidade do Panamá, capital do país, atrai turistas de todo o mundo.
Aos brasileiros, a vantagem é que não precisam de visto para estadias de até 90 dias. Além disso, o país também tem um sistema de tax-free, ou seja, os turistas podem adquirir produtos e depois serem reembolsados de impostos locais.
Se cair na tentação das compras, prepare o cartão de crédito, pois a cidade do Panamá tem o apelido de “Nova Miami”.
Depois de se surpreenderem com uma cidade viva, cheia de avenidas largas e edifícios modernos, apreciarem o movimento da cidade pela Cinta Costeira — via moderna com calçadão e ótima vista para a orla — curtirem boas praias, conhecerem as construções milenares de Panamá Viejo (a primeira cidade do Panamá, fundada em 1519), ou explorarem o charmoso Casco Antiguo, bairro com ruelas estreitas de pedra e edifícios da arquitetura colonial espanhola, os visitantes ainda têm a noite pela frente.
Bares, baladas e uma grande variedade de restaurantes proporcionam experiências revigorantes.
Que tal assistir ao pôr do sol do 66º andar, com a bela vista da cidade e os drinques do Panaviera Sky Bar? Depois, seguir para um restaurante a fim de provar a típica gastronomia panamenha, que leva uma série de ingredientes fresquinhos vindos do mar e de plantações locais.
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O tradicional El Trapiche, que funciona há mais de 30 anos, segue como referência máxima na gastronomia tradicional panamenha. O Fiesta Panameña é um pot porri das comidas mais típicas. O Azahar, por sua vez, tem peixes e frutos do mar com influências asiáticas.
Além dos limites da capital, também há boas surpresas. Spots como Santa Catalina e Bocas del Toro que, além de exuberante, é uma das principais regiões para a prática de mergulho; paisagens naturais de Veraguas, o território indígena nas belas Ilhas San Blas, os incríveis cenários caribenhos, observação de baleias em Los Santos e visita a projetos de conservação de tartarugas no Oceano Pacífico, são programas que valem a pena.
É terminantemente obrigatório visitar Bocas del Toro, uma cadeia de ilhas no Mar do Caribe. Como toda paisagem caribenha, praias de areia branca, águas cristalinas e um mar azul-esmeralda fazem lembrar o paraíso.
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O local é bem conhecido entre os praticantes de mergulho, já que a região tem rica vida marinha — 95% das espécies de corais caribenhos são encontrados ali — e oferece boa visibilidade para a prática do esporte, tanto de cilindro como de snorkel ou o deepboard, que é uma espécie de mergulho motorizado.
Nem é preciso sorte para observar uma incrível variedade de criaturas de recifes tropicais, incluindo tubarões-lixa, arraias e muitas espécies de caranguejo e lagosta.
São três ilhas principais em Bocas Del Toro: a Colón, a Bastimentos, que é uma das maiores ilhas do Panamá, e a pequena Carenero. Colón é a ilha mais populosa do arquipélago e onde fica a cidade principal: a Cidade de Bocas.
Ali fica a Playa Estrella, também conhecida como a “Praia das Estrelas-do-mar”, um destino de ecoturismo protegido, onde se pode experimentar a cultura e a comida afro-caribenha da região. A Praia Bluff é ideal para surfe e também aprender sobre os esforços locais para conservar as tartarugas marinhas.
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A Ilha Bastimentos oferece uma alternativa descontraída às ruas e bares movimentados do centro da Cidade de Bocas. A apenas 10 minutos de táxi aquático da ilha Colón, Bastimentos tem praias maravilhosas, incluindo a paradisíaca Wizard e Polo, com anéis de corais, águas calmas e poucos visitantes. Coral Cay é um dos melhores lugares para mergulhar com snorkel.
A praia Red Frog, batizada em homenagem à população de pequenos sapos vermelhos que habitam a floresta vizinha, abriga um famoso bar onde se pode tomar uma cerveja e passar o dia na praia. Na ponta oeste da ilha, entre a floresta e o mar, encontra-se o Old Bank, lar da comunidade afro-caribenha Guari.
Bocas Del Toro abriga um laboratório natural de estudos evolutivos e de mudanças climáticas, além do primeiro Mission Blue Hope Spot do Panamá, um programa focado na reabilitação e preservação do ecossistema marinho.
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Coloque Veraguas no roteiro, uma região montanhosa cheia de charme e cenários naturais espetaculares. Suas temperaturas frescas nas montanhas, no norte, facilitam a caminhada até dezenas de cachoeiras, enquanto suas praias ensolaradas e intocadas, no sul, proporcionam vistas incríveis e a oportunidade de mergulhar ou surfar.
Se você gosta de temperaturas mais frias e caminhadas, não deixe de conhecer Santa Fé, uma pequena e autêntica vila panamenha situada nas montanhas, a 450 metros de altitude. A melhor experiência no Parque Nacional das Ilhas de Santa Fé é feita a pé, caminhando pelas montanhas e atravessando o rio Santa María para chegar a uma das 20 cachoeiras.
Localizada na costa do Pacífico da província de Veraguas, Santa Catalina era uma pequena vila de pescadores que tornou-se destino de surfe de renome mundial. É um vilarejo com poucos restaurantes e acomodações, além de uma mercearia e escolas de surfe. As praias de areia negra de Santa Catalina têm fortes ondas que podem ultrapassar nove metros e formar ótimos tubos.
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Santa Catalina também é o ponto de partida para a maioria dos passeios ao Parque Marinho de Coiba, declarado Patrimônio Mundial da Unesco em 2005. Antigamente uma colônia penal, o acesso à ilha era limitado, o que permitiu que grande parte dos recursos naturais permanecesse intocado.
O parque marinho possui grande diversidade biológica. Mergulhar ali é ter a chance de ver arraias, baleias e tubarões-martelo e, entre dezembro e abril, tubarões-baleia.
Na vizinha Chiriqui, na parte noroeste do país, perto da fronteira com a Costa Rica, se pode explorar quilômetros de praias desertas na costa do Pacífico, regiões montanhosas cênicas e Baru, o único vulcão do Panamá. A região é indicada para quem procura aventuras, rafting, caminhadas, tirolesa, snorkeling, pesca esportiva, escalada.
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O Golfo de Chiriquí é o tesouro marinho da cidade, com encantadoras ilhas de areias brancas, um dos maiores recifes de coral do Pacífico e uma das florestas de mangue mais densas da América Central, bem como a maior ilha do Panamá, a Coiba.
O Parque Nacional Marinho do Golfo de Chiriquí engloba todas as ilhas do golfo, além dos recifes, manguezais e a vida animal. Esta área protegida do país é um dos maiores campos de pesca esportiva e de caça do mundo, especialmente no Hannibal Bank e na Ilha Montuosa.
As águas protegidas do Parque Nacional Marinho do Golfo de Chiriquí abrigam 25 ilhas e 19 recifes de coral.
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O fácil acesso pela pequena cidade pesqueira de Boca Chica permite explorar ilhas tropicais repletas de vida selvagem e observar tartarugas, golfinhos e baleias durante a temporada. Seja a pé nas ilhas, passeando de caiaque ao longo das margens ou mergulhando em meio aos recifes, a experiência é inesquecível.
Há, ainda, as encantadoras ilhas Parida, Gamerz e Bolanos, ideais para passar o dia, e a Secas, para quem prefere praia privada e acomodações de luxo.
Kuna Yala, também conhecido como arquipélago de San Blas, é território indígena governado pela tribo nativa Kuna. Composto por uma estreita faixa de terra no lado caribenho do país, além de 365 ilhas, das quais apenas 50 são habitadas pelo povo Kuna, é considerado um dos principais destinos no Panamá graças à sua beleza natural bem preservada.
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Provavelmente uma viagem a San Blas será diferente de tudo. Ali não há internet e não são aceitos pagamentos com cartão de crédito, apenas com dólar americano. A hospedagem é em cabanas de palha sem água aquecida ou em redes ou colchões infáveis colocados na areia.
Um dos lugares mais procurados para se hospedar é a bordo de um veleiro, que permite navegar de ilha em ilha. Se falta conforto para dormir, sobra sabor na gastronomia local, que inclui frutos do mar frescos preparados com especiarias e ingredientes regionais.
Ao nadar na bela água azul-turquesa cristalina e aprender mais sobre a cultura e as tradições dos Kuna, constata-se que a experiência vale a pena. Visite El Porvenir, a capital de Kuna Yala, e a Ilha Perro, para um mergulho incrível com snorkel na Praia Chichimei.
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