Entrevista

Por: Redação -
21/10/2014

Até a criação da Marina Piratas, em 1999, em Angra dos Reis, no litoral do Rio, o Brasil nunca havia visto um forklift, espécie de empilhadeira para retirar barcos nas “gavetas” de um galpão e colocá-los direto na água. “Essa movimentação era feita através de rampas, um processo arcaico, embora ainda usado por algumas pequenas marinas”, lembra Gabriela Lobato, presidente da BR Marinas, a maior rede de estruturas de apoio náutico do país, cujo embrião foi a Piratas, criada pelo pai dela, o engenheiro e entusiasta náutico Antonio Carlos Lobato, que hoje atua como membro do conselho de administração do grupo. No entanto, a história da BR Marinas remonta a outro ano e setor. Incorporador imobiliário, o engenheiro queria fazer um shopping em Angra. Diante da resistência dos comerciantes locais, para os quais a freguesia preferia o comércio de rua, Lobato convocou empresários de fora e inaugurou, em 1997, o Piratas Mall — ainda hoje, o principal centro comercial da região e um inovador projeto de uso misto, com lojas, hotel residência e marina.

Como a Piratas passou a ser administrada por um sócio, Lobato procurou uma área para erguer sua própria marina, também em Angra. Em 2002, nascia a Verolme, construída em parte do terreno onde funcionou o lendário estaleiro de mesmo nome. “O Lobato vislumbrou uma marina onde havia uma massa falida”, conta Gabriela, à frente dos negócios há quatro anos, referindo-se ao que é, hoje, o maior polo náutico da América Latina. Gabriela não chama Lobato de pai. Prefere o distanciamento porque o vê como um líder empresarial, um “visionário”, comparável a Walt Disney.

Partindo de duas marinas (a Verolme e a Piratas, incorporada ao grupo em 2004), Gabriela transformou a BR Marinas em uma rede composta por oito estruturas náuticas, com 2 460 vagas e faturamento estimado para este ano de cerca de R$ 50 milhões. Além dessas duas, as Marinas Bracuhy, Ribeira, Itacuruçá e da Glória, recém-incorporada, já estão operando, enquanto as de Paraty e Búzios ficarão prontas em até dois anos. “Logo, os donos de barcos poderão ir de Paraty a Búzios, fazendo várias paradas e já sabendo o que vão encontrar, porque trabalhamos de forma padronizada”, projeta Gabriela. Alguém aí reclamou de falta de vagas para guardar barcos? Na entrevista concedida à NÁUTICA, a executiva comenta, entre outras coisas, que estuda erguer 12 novas marinas, no Rio e em outros estados. Com isso, em breve, a rede terá uma escala ainda maior. É tudo o que o aficionado pelo universo náutico espera.

Leia a entrevista completa na edição de outubro de NÁUTICA, que está nas bancas de todo o Brasil.

Foto: Divulgação/BR Marinas

 

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