Confira algumas dicas para escolher o melhor vinho pelo rótulo
Embora o ditado diga que não se deve julgar um livro pela capa, para escolher um bom vinho, a recomendação é outra. Pode parecer uma tarefa fácil para quem tem esse costume, mas a verdade é que é necessário ter algumas informações para executar bem essa tarefa. Veja o guia feito pela Evino.
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Para começar, é importante citar que a primeira diferenciação entre os vinhos são aqueles de Velho Mundo e de Novo Mundo. Quando um vinho é denominado de Velho Mundo, diz mais sobre o local onde ele foi cultivado do que sobre a uvas utilizadas em si. Isso significa que ele é oriundo de um país europeu, onde a vinificação é uma tradição antiga do local.
Algumas características comuns entre eles são o equilíbrio entre sabor, aroma e textura; teor alcoólico equilibrado, taninos macios, complexidade de aroma e valorização da identidade do local de cultivo.
Por outro lado, os vinhos de Novo Mundo já abordam uma categorização mais específica: a rotulação de acordo com as uvas. É perceptível a versatilidade, inovação e implementação de novas tecnologias, desde o plantio à colheita e vinificação — processos valorizados na hora da comercialização.
É comum que esses vinhos sejam reconhecidos pela textura mais macia, teor alcoólico mais elevado, acidez reduzida e sabores mais frutados. É um vinho que pode ser consumido mais jovem, de acordo com o seu público.
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Vinhos de Velho Mundo
Como são vinhos categorizados de acordo com o local de cultivo, a primeira informação aborda, justamente, a região da produção. Elas são divididas em “Apelação”, “Denominação de Origem Controlada” ou “Indicação Geográfica Típica”, no rótulo. É importante se atentar a essa informações, já que cada classificação dessas significa um conjunto de normas.
França
No caso desse vinho francês, em primeiro lugar vê-se “Château Simard”, que é a vinícola. Em seguida, a região onde foi produzido, “Saint-Emillion”. Logo abaixo, “Apelação de Origem Controlada”, que significa que o vinho foi elaborado sob uma série de regras, e feito ainda com as uvas clássicas de Bordeaux, como Cabernet Sauvignon, Cabernet Franc e Merlot.
Itália
Já a região do Piemonte, em virtude de sua proximidade aos Alpes e ao Mediterrâneo, é tomada diariamente por uma forte neblina. Esse fator, determinante para o terroir local (mistura entre fatores climáticos e geológicos que se refletem na taça), salienta os pontos mais altos de suas colinas. Isso possibilita o melhor amadurecimento da difícil uva Nebbiolo.
Tais pontos geográficos contemplam denominações de origem prestigiadas, como Barolo, onde os tintos mais longevos são produzidos. Fica evidente aqui a importância da região para as características do vinho. Somente a palavra ‘Barolo’ escrita num rótulo já pressupõe uma infinidade de elementos relevantes para a sua elaboração.
Para ser um Barolo, o vinho deve, obrigatoriamente, ser um DOCG – Denominação de Origem Controlada e Garantida.
Lembrando que, isso não se relaciona à qualidade de um vinho, mas às características dele. Cada país possui suas próprias denominações, o que pode causar uma certa confusão.
Espanha
A mais alta das classificações da Espanha é o DOCa – Denominação de Origem Calificada. Nela, se encaixam apenas regiões que tenham, pelo menos, dez anos de existência. Hoje em dia existem apenas duas: Priorat e a renomada Rioja, que é mostrada na foto acima.
É claro que a Tempranillo reina absoluta, e como consequência, se tornou regra que os vinhos de lá fossem elaborados 100% com a uva.
Se um vinho é classificado apenas como D.O – Denominação de Origem, isso significa que ele satisfaz algumas especificações, como castas utilizadas, viticultura e localização.
Mas não se esqueça que, quando falamos de Espanha, existem algumas outras classificações que devemos levar em conta.
Vinhos do Novo Mundo
Vinhos com o nome Zinfandel significam um tinto de corpo médio, com certo açúcar residual e versatilidade para a harmonização. Caso o vinho seja um Merlot, com estágio em barrica, já antecipamos taninos sedosos e aromas de frutas e especiarias.
Curiosidades:
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Mis en bouteille à la proprieté, au domain ou au château, como sugerido acima, indica que o vinho foi engarrafado na vinícola onde as uvas foram colhidas e vinificadas. O outro caso é o método que os negociantes usam, por exemplo, de comprar uvas de pequenos produtores que não têm infraestrutura para o processo todo.
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Vieilles Vignes, em francês, significa ‘vinhas velhas’. Faz alusão à idade avançada das parreiras que deram origem aos frutos presentes naquele vinho. Trata-se de um elemento capaz de agregar valor ao rótulo, já que vinhas velhas possuem raízes mais profundas e maior intimidade com o ecossistema. Isso gera frutos mais complexos e ricos em nutrientes.
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Elevé en Fûts de Chêne é o indicador de que o vinho francês, ou eventualmente marroquino, foi amadurecido em barris de carvalho.
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