Movido a velas que parecem asas de avião, navio atravessará o Atlântico com 7 mil carros a bordo
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Programado para ir ao mar em 2025, um navio cargueiro movido apenas pela força do vento é a mais recente aposta da Suécia no combate às mudanças climáticas e ao aquecimento global. Batizada de Oceanbird, a embarcação terá um conjunto de cinco velas verticais de aço de 80 metros de altura cada — o dobro da altura dos mastros dos maiores veleiros convencionais existentes no mar. O mais característico é o formato dessas velas, que se parecem com as asas de um avião.
Quando içadas, essas “asas” alcançarão uma altura de 105 metros acima do nível do mar, dimensão suficiente para o gigante de 200 metros de comprimento cruzar todo um oceano movido a maior parte do tempo pelo vento, levando a bordo uma carga 7 mil automóveis. O motor diesel servirá apenas para operar nos portos e para apoiar a navegação quando o vento estiver muito fraco.
Será uma variante futurística dos velozes clippers, que dominaram os oceanos durante o século 19. O objetivo é revolucionar a tecnologia, acabando com a era dos navios de carga movidos a combustíveis fósseis.
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A organização marítima internacional IMO estabeleceu uma meta de reduzir as emissões de dióxido de carbono do transporte marítimo internacional em 40% até 2030. O Oceanbird contribuirá para mudar, atualizar e remodelar toda a indústria. “Reduziremos as emissões em 90%”, garante Urban Lishajko, chefe de design, construção e inovação do estaleiro Wallenius Marine, que está à frente do projeto. “Quando a primeira unidade fizer a viagem inaugural, será um momento histórico para o transporte marítimo”.
Por sua vez, Per Tunell, diretor de Operações da Wallenius Marine, afirma que a travessia do Atlântico Norte levará cerca de 12 dias, a uma velocidade de 10 nós, contra os atuais 8 nós feitos dos navios convencionais.
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