Primeiro parque eólico flutuante ibérico conta com turbinas de 100 metros de altura

Por: Redação -
27/04/2020

O primeiro parque eólico flutuante da Península Ibérica já é uma realidade. De cunho português, o WindFloat Atlantic já conta com duas das três turbinas eólicas instaladas, com uma capacidade de produção de 25 megawatts, o equivalente ao consumo de cerca de 60 mil casas por ano.

A instalação da primeira turbina deu-se em julho do ano passado, no porto exterior de Ferrol, em Espanha, seguindo depois rumo às águas ao largo de Viana do Castelo, o seu destino final, a cerca de 20 quilômetros da costa, onde as águas alcançam uma profundidade de 100 metros. Já a segunda plataforma saiu de Ferrol em dezembro passado. A primeira já foi conectada à rede, enquanto a segunda será conectada em breve. A terceira turbina está pronta para ser transportada para junto das duas primeiras, aguardando condições meteorológicas favoráveis.

Construídas em aço, cada torre eólica tem 100 metros de altura a contar da linha d’água, com pás de cerca de 80 metros cada. Estas estarão montadas em plataformas flutuantes – cada uma com 30 metros, o equivalente a um prédio de dez andares – amarradas ao leito marinho, com uma capacidade instalada total de 25 megawatts. A potência instalada em cada turbina é de 8.4 megawatts.

A altura total, desde o fundo da plataforma até à ponta de uma das pás, alinhada na vertical, é de 210 metros, o equivalente a mais de quatro campos de futebol.

LEIA TAMBÉM

>> Como funciona o rigoroso teste em piscina das lanchas Sessa Marine
>> 9 raças de cães que gostam de barcos. Qual combina com você?
>> Triton Yachts lança compra programada para barcos novos. Saiba como funciona

O projeto flutuante permite produzir energia limpa a partir do vento no mar, em localizações de mais de 60 metros de profundidade, minimizando o impacto no meio ambiente. As estruturas flutuantes podem ser desenvolvidas para águas muito profundas, aproveitando recursos energéticos nestas áreas de mar, principalmente tendo em conta a grande profundidade do mar português.

A criação destas plataformas flutuantes foi a grande inovação deste projeto, com base nas experiências da indústria de petróleo e gás, para assim suportar turbinas eólicas multi-megawatts em aplicações marítimas.

A plataforma flutuante é semi-submersível e está ancorada no fundo do mar. A estabilidade à fora da água acontece através do uso de placas de retenção de água na parte inferior dos três pilares, associada a um sistema estático e dinâmico de lastro.

O sistema WindFloat adapta-se a qualquer tipo de turbina eólica marítima. É construído inteiramente em terra, incluindo a instalação da turbina, evitando, deste modo, o uso dos escassos recursos marinhos.

Gostou desse artigo? Clique aqui para assinar o nosso serviço de envio de notícias por WhatsApp e receba mais conteúdos.

Náutica Responde

Faça uma pergunta para a Náutica

    Relacionadas

    Lancha que pertenceu a Ayrton Senna emociona visitantes do São Paulo Boat Show

    Pole Position está exposta no salão ao lado de outras relíquias do piloto, como jet e scooter aquática; evento termina nesta terça-feira (24)

    Ross Mariner estreia lanchas Ross SLR 245 Genesis e a Ross SLR 260 Fusion

    Estaleiro aposta em linha mais refinada com o lançamento das duas lanchas exibidas no São Paulo Boat Show

    Yanmar apresenta motores responsáveis por travessia do Atlântico e viagem à Antártida

    No palco do São Paulo Boat Show até 24 de setembro, a fabricante japonesa está com menor motor common-rail do mundo e outros equipamentos

    Resistente e insubmergível, Fliper da Nuevaera Marine chega direto de águas internacionais

    Lançamento tem 4 metros de comprimento e transporta até seis pessoas com bastante espaço de armazenamento

    Lazer e pesca navegam lado a lado na nova Wellcraft 322 Sport Cabin

    Lançamento exposto no São Paulo Boat Show 2024 traz recursos tanto para a atividade quanto para passeios