Pesquisadores do Texas criam minibarco robótico para realização de estudos
Comandada remotamente, pequena embarcação pode entender qual é a profundidade da região em que está estudando
Pesquisadores da Universidade do Texas, nos Estados Unidos, criaram um minibarco robótico, com o intuito de simplificar os estudos em mares e rios. O grande diferencial do modelo é que, além de ser autônomo, ele pode realizar levantamentos sobre a profundidade de terrenos aquáticos, como lagos e oceanos.
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De acordo com a autora do projeto, Laura Alvarez, as pesquisas batimétricas, como a que o minibarco robótico realiza, servem para os cientistas entenderem a forma e o relevo dos corpos d’água. Laura é especialista em sistemas não-tripulados para ciências da Terra, por isso desenvolveu essa ideia há alguns anos.
Mas, para aperfeiçoar de fato a pequena embarcação, ela precisou da ajuda do mestrando em ciências e engenharia elétrica Fernando Sotelo. Agora, com a equipe reforçada, Sotelo pôde refinar o modelo e testá-lo em diversos ambientes diferentes.
Os principais objetivos de Fernando eram melhorar a confiabilidade da embarcação, refinar sua carcaça de alumínio, deixá-lo mais resistente às condições climáticas adversas e, por fim, transformá-lo em autônomo por completo. Dessa forma, o próprio sistema do minibarco entende quando suas baterias estão fracas ou se o corpo d’água está desfavorável.
Saiba mais sobre o minibarco robótico
Este modelo criado por Laura não tem leme e opera com quatro propulsores. Então, ele pode navegar 1,5 metro por segundo e gira 360°. Graças a um painel solar, em conjunto com uma bateria de lítio, ele tem autonomia de até quatro horas e pode estudar até 44 mil metros quadrados.
O projeto ainda conta com um sistema de sonar que emite ondas sonoras, do fundo do barco até o solo aquático. Com este recurso, pode-se tanto medir a profundidade da região, quanto o tipo de material encontrado. Além disso, a pequena embarcação conta com mapas 2D e 3D das regiões de El Paso, no Texas, e do Lago Grindstone, no Novo México.
A equipe liderada por Laura irá usar o minibarco robótico pela primeira vez no segundo semestre, a fim de entender o fluxo e a profundidade do Rio Grande, localizado no estado do Colorado.
Por Felipe Yamauchi, sob supervisão da jornalista Denise de Almeida
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