Polvo-bolha, um dos maiores e mais raros do mundo, foi flagrado em 4K no Pacífico; assista
Essa foi apenas a quarta vez em 40 anos de pesquisa que o animal foi registrado vivo


Os animais que vivem no fundo do oceano não podem se dar ao luxo de dispensar apresentações, uma vez que a maioria deles é, no mínimo, estranha perante os humanos. Um deles é o polvo-de-sete-braços (Haliphron atlanticus), também conhecido como polvo-bolha, um dos mais raros — e maiores — do mundo, que foi flagrado apenas pela quarta vez (vivo) em 40 anos de pesquisas, no Pacífico.
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A 700 metros de profundidade, o animal curioso aparece em resolução 4K — graças ao veículo operado remotamente (ROV) que o filmou, batizado de Ventana —, segurando uma água-viva-capacete (Periphylla periphylla). Confira:
Os responsáveis por apresentar ao mundo as imagens de um animal tão raro foram os especialistas em oceanos do Aquário e Instituto de Pesquisa da Baía de Monterey (MBARI), que exploravam a região como parte de uma expedição de pesquisa, no mês passado.
O polvo-de-sete-braços, na verdade, tem oito
O polvo-de-sete-braços carrega consigo uma particularidade que, inclusive, lhe rendeu esse nome. Embora o nome sugira apenas sete tentáculos, os exemplares geralmente contam com os mesmos oito apresentados por todos os grupos de polvos.


O “apelido” se deu devido um comportamento curioso dos machos. Isso porque, durante o acasalamento, esses animais utilizam um braço especializado, chamado de hectocótilo, para transferir esperma para as fêmeas. Nesse processo, o membro costuma ficar dobrado, oculto sob um dos olhos, dando a impressão de um braço ausente.
Os machos, aliás, diferem consideravelmente das fêmeas em relação ao tamanho. Enquanto elas atingem cerca de 4 metros de comprimento, os seus companheiros dificilmente ultrapassam 21 centímetros.
O fato do polvo-bolha estar carregando firmemente uma água-viva enquanto nada nas profundezas endossa a tese, publicada na revista Scientific Reports, em 2017, de que o polvo-de-sete-braços se alimenta de organismos gelatinosos e pode até usar os ferrões das presas como ferramenta de caça.
Este novo avistamento destaca a complexidade das teias alimentares das profundezas marinhas e suas surpreendentes conexões– destacou a MBARI
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