Vai começar!

Por: Redação -
10/10/2014

Será dada a largada para a 12ª edição da Volvo Ocean Race. Neste sábado (11), sete equipes partem de Alicante, na Espanha, para uma aventura de tirar o fôlego. Serão 71.745 quilômetros pelos mais temidos mares, nove meses de disputa, zero conforto a bordo, várias nações envolvidas e o Brasil como país estratégico. O principal evento de Volta ao Mundo terá uma etapa brasileira em abril de 2015, na cidade catarinense de Itajaí. Para aumentar ainda mais a importância dessa parada, o atleta olímpico André ‘Bochecha’ Fonseca está escalado para velejar no MAPFRE. Bochecha é de Florianópolis. “A Volvo Ocean Race é uma regata especial. Só os melhores e mais bem preparados conseguem vencer. Estou bastante concentrado para esse desafio”, contou André ‘Bochecha’ Fonseca.

O País também tem uma brasileira de coração na regata: Carolijn Brouwer do Team SCA, um time só de mulheres. A holandesa morou quase 10 anos no estado do Rio de Janeiro, aprendendo a modalidade na Baía de Guanabara. “Foi em Niterói que comecei a velejar. Tinha a família Grael como referência. O Brasil tem ótimos atletas que estão até hoje fazendo a modalidade crescer. Será especial pra mim chegar com o time feminino em Itajaí”, disse Carolijn Brouwer em perfeito português. Será a segunda Volvo Ocean Race da atleta.

Outro brasileiro na Volvo Ocean Race é Joca Signorini. O atleta, dessa vez, foi escalado para ser o treinador do time feminino do Team SCA. Ele disputou as últimas três edições, sendo campeão, ao lado de Torben Grael, em 2008-09. “A recepção que vamos ter no Brasil será especial. Peço aos fãs da vela que dividam a torcida entre o Bochecha no MAPFRE e o Team SCA”.

Além da parada brasileira, a Volvo Ocean Race terá outras etapas. A primeira está ocorrendo em Alicante, na Espanha. A sequência de países visitados será a seguinte: África do Sul, Emirados Árabes Unidos, China, Nova Zelândia, Brasil, Estados Unidos, Portugal, França, Holanda e Suécia.

Antes de chegar a Itajaí, os barcos terão a primeira etapa, que parte de Alicante, na Espanha, com destino a Cidade do Cabo, na África do Sul. Serão aproximadamente 12 mil quilômetros pelo Mediterrâneo e o Atlântico. Numa conta simples, o trajeto representará 17% de toda a competição. Os times serão obrigados a passar por Fernando de Noronha antes de cruzar a linha de chegada na cidade africana. A previsão é de, pelo menos, 23 dias de travessia. “A primeira etapa é sempre uma das mais difíceis. Vamos pegar menos vento, segundo a previsão, e estaremos ainda aprendendo a entender o funcionamento do barco”, comentou o campeão olímpico Iker Martínez, comandante do espanhol MAPFRE.

O desgaste pelas mais de 550 horas de velejada gera uma perda média diária de 6.000 calorias por atleta. E não há nada de luxo a bordo, pois o peso da embarcação faz a diferença na navegação. Cada velejador leva apenas uma bolsa com pouca roupa, produtos de higiene pessoal e mais nada. Contato com o mundo exterior será quase raro. “Nós treinamos seis meses para esse desafio e a hora chegou”, contou Ian Walker, comandante do Abu Dhabi.

Os barcos desta edição são rigorosamente iguais, ou seja, quem velejar melhor vence! Não há vantagem para nenhum time. Os veleiros foram construídos pela própria Volvo Ocean Race em parceria com quatro estaleiros. São modelos de 65 pés com toda tecnologia de comunicação via satélite para ninguém perder nada.

A largada da regata será às 9h (Horário de Brasília) e poderá ser acompanhada pelo site da competição (www.volvooceanrace.com).

Hoje os comandantes das equipes participaram de uma coletiva de imprensa, confira o que cada um disse:

Sam Davies – Team SCA
“Me perguntaram sobre a diferença entre o barco feminino e o masculino. A única coisa que consigo apontar é o sutiã esportivo”.

Ian Walker – Abu Dhabi Ocean Racing
“Minhas duas medalhas olímpicas são especiais, mas a Volvo Ocean Race faz parte da minha vida nos últimos anos. Vencer a regata significará muito”.

Bouwe Bekking – Team Brunel
“Para o holandeses, a Volvo Ocean Race é um fenômeno. Na última edição não tivemos representação. Agora temos um barco”.

Charles Caudrelier – Dongfeng Racing Team
“Os chineses estão sentindo a pressão da estreia, mas são fortes… Eu levo comigo um card do Pokemon. Meu filho me deu para dar sorte”.

Charlie Enright – Team Alvimedica
“Vencer a In-port – regata local – de estreia nos encheu de moral, mas nada disso pode ser usado na perna até a Cidade do Cabo. Nós mudamos o foco para a África do Sul”.

Iker Martínez – MAPFRE
“Estou mais relaxado do que nunca. Eu não sei explicar o motivo. Agora nós teremos 25 dias para descansar a bordo”.

Chris Nicholson – Team Vestas Wind
“A primeira perna será tática. Serão quilômetros e quilômetros de oportunidades para navegar. Nosso objetivo é pegar pódio”.

Fotos: María Muiña e Ainhoa Sanchez

 

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