Você sabia que embarcações civis salvaram 300 mil soldados durante a Segunda Guerra?
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Em maio de 1940, depois das tropas nazistas de Adolf Hitler conquistarem Paris, os alemães marcharam em direção ao Canal da Mancha e encurralaram as tropas aliadas em Dunquerque, cidadezinha no norte da França, a 300 quilômetros da capital.
As ordens que chegavam do outro lado do Canal, na Inglaterra, eram uma só: evacuar os mais de 300 mil soldados ilhados, cercados pelos nazistas e pelo mar. Os eventos que se desenrolaram de 26 de maio a 4 de junho ficaram conhecidos como “Operação Dínamo”, em que mais de 800 barcos civis “salvaram” os soldados e os levaram de volta para casa.
Os generais britânicos tentaram, mas os dez contratorpedeiros (navios de guerra da esquadra naval) não puderam se aproximar da praia por dois motivos: a maré estava baixa e os submarinos alemães lançavam mísseis em suas direções.
Portanto, em apuros, um chamado foi feito: todos os ingleses que possuíssem qualquer tipo de embarcação, e que quisessem ajudar seus conterrâneos, deviam atravessar o canal da mancha, percorrer os 80 km que separam a França da Inglaterra, para literalmente salvar quantas vidas fosse possível.
A partir do dia 27 de maio de 1940, barcos de mercadorias, de pesca, de recreio e até canoas que ostentavam a bandeira inglesa começaram a aparecer ao longo da praia e no porto da pequena Dunquerque.
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O resultado? 338 mil soldados (ingleses, franceses, holandeses e belgas) foram evacuados durante nove dias. Para alguns, a evacuação foi sinônimo de derrota. Para outros, foi o significado da união que resultou em milhares de vidas salvas.
Quem disse que um pesqueiro, ou que uma canoa, não salvam vidas?
A maioria das embarcações britânicas zarparam da cidade de Ramsgate, no sudoeste da Inglaterra, para Dunquerque. Conheça alguns dos barcos:
Esses navios participaram do resgate dos soldados, e também entraram em cena no filme “Dunkirk”, de Christopher Nolan, de 2017. Dos mais de 800 barcos, apenas 10 foram encontrados em boas condições de filmagem, a maioria se perdeu no tempo. O que não se perdeu foi a história.
Por Gustavo Baldassare sob supervisão da jornalista Maristella Pereira
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