Confira tudo o que você precisa saber antes de escolher seu modelo para navegar


1. Seu plano é navegar rápido?
Por terem menos espaço a bordo, barcos velozes são indicados para passeios mais curtos. Além disso, navegar em altas velocidades força os motores e cansa as pessoas a bordo, já que, em condições assim, o casco bate mais vezes
(e bem forte!) contra a água.
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2. Quantas pessoas haverá a bordo?
Tamanho é documento. O comprimento está diretamente ligado à capacidade de pessoas permitida a bordo (em geral, calcula-se um passageiro por metro). Mas o “índice de conforto” deve levar em consideração a quantidade de passageiros sentados que o barco acomoda.
3. Onde pretende usar o barco?
Os cascos são projetados para determinados tipos de navegação. É por isso que pequenas lanchas fabricadas para navegar numa represa, por exemplo, não vão se dar bem nas águas do mar — longe da costa, então, impossível!

4. Vai levar muita coisa nos passeios?
Se você precisar de espaço para muita bagagem, deve procurar uma lancha com muitos paióis. Porque, além das suas coisas, todo barco deve ter material de salvatagem, incluindo boias, cabos, coletes salva-vidas, sinalizadores, defensas. Repare como os estaleiros têm se preocupado em apresentar projetos com aproveitamento inteligente dos espaços a bordo.
5. Qual será o uso principal?
O conjunto de casco e motor (ou velas) ideal é aquele que vai atender à sua necessidade, na maior parte do tempo: passear, esquiar, pescar, navegar com velocidade? Respondida essa questão, o caminho fica bem mais fácil.
6. Pretende dormir no barco?
Para quem navega em regiões de clima frio, enfrentando águas agitadas, e prefere pernoitar a bordo, barcos cabinados são a melhor opção. Já as embarcações sem cabine, projetadas para passeios diurnos em locais de altas temperaturas, têm um cockpit mais espaçoso e maior capacidade — além de custarem, em média, 15% menos que um modelo de mesmo porte com cabine.
7. Proa aberta ou fechada?
A maioria dos barcos pequenos, de até 23 pés, tem a proa aberta. São ideais para passeios ao ar livre, que, por sua vez, não podem ser muito longos. Já as embarcações de proa fechada ou cabinadas tendem a ser mais confortáveis e, como se viu, permitem até o pernoite a bordo.
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8. Você é navegante de primeira viagem?
Pode ser difícil admitir, mas se você for um iniciante no mundo náutico, é melhor ir no básico: escolha um modelo que seja fácil de conduzir, de manutenção simples e, principalmente, de construção robusta. É que, durante o aprendizado, a tendência será você submeter o casco a algumas pancadas. O que é absolutamente normal, já que ninguém nasce lobo do mar.
9. A gasolina ou a diesel?
Na hora da compra, o motor a gasolina leva vantagem, por custar menos. E, dependendo do tipo de uso, vale mesmo a pena. Se o barco for usado para esquiar, por exemplo, é a escolha certa, por causa do melhor arranque. O motor a diesel, apesar de ter preço maior, proporciona consumo e autonomia mais satisfatórios, além de ter manutenção menos onerosa e vida útil maior.
10. Motor de popa ou de centro-rabeta?
Motor de popa é mais barato, não ocupa espaço a bordo e tem manutenção mais fácil. Já o motor de centro-rabeta é mais econômico, silencioso, facilita as atracações de popa (já que fica dentro do barco), dá mais estabilidade ao casco (devido à localização, mais baixa que um popa) e, normalmente, tem vida mais longa. É também menos poluente (pois não queima óleo para funcionar). Mas
quase sempre tem preço maior.
11. Quanto gostaria de gastar?
Essa é uma questão fundamental. E envolve cálculos, pois não se trata apenas de quanto você tem para comprar um barco, mas de quanto vai custar a manutenção dele — e também equipamentos, documentação, combustível, aluguel de vaga na marina, salário do marinheiro. Faça bem as contas antes.

12. Mulher e filhos pequenos fazem parte da tripulação?
Se sim, não dá para desconsiderar itens de conforto, como solário e banheiro. Este, aliás, pode até ser dispensável em passeios curtos, quando se vai direto da marina para uma área com estrutura, mas as mulheres não costumam abrir mão dele. Cabine é outro item primordial — se não para pernoite, para as crianças descansarem ou guardar a bagagem.
13. Com ou sem cozinha?
Para quem planeja pernoitar a bordo, é essencial ter uma minicozinha, que seja, na cabine. Do contrário, uma churrasqueira no cockpit dará conta do recado, e bem.
14. A motor ou a vela?
Com um barco a motor, você chega mais rápido aos destinos, com a vantagem de poder visitar vários no mesmo dia. Por outro lado, os custos de compra e manutenção são mais altos. Veleiros não fazem barulho e são, naturalmente, mais arejados. E, como dependem da força do vento, são mais lentos. Sem falar que exigem um conhecimento muito específico: aprender a velejar.
15. Está preparado para ter um barco grande?
Se a sua experiência em navegação é pouca ou nenhuma, não se iluda: é melhor começar com uma embarcação pequena, até ganhar confiança e sensibilidade. Só depois parta para um barco maior. Até porque quem adquire um produto muito além de seus conhecimentos náuticos corre sério risco de frustração.
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