Fabricante sueca de barcos elétricos expande atividades para os Estados Unidos. Confira
Depois de lançar o Tesla Model S na versão náutica, a fabricante sueca de barcos elétricos Candela pretende se tornar a marca número um de barcos elétricos nos Estados Unidos.
O barco esportivo revolucionário e ultraeficiente da Candela, o Candela C-7, tem liderado as vendas de barcos elétricos na Europa nos últimos dois anos, devido a uma combinação incomparável de velocidade, alcance e silêncio.
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Ainda assim, embora os carros elétricos já tenham conquistado as estradas, os barcos elétricos têm tido um progresso lento e sem muito alcance. A razão para isso é o fato dos cascos das lanchas tradicionais serem muito difíceis de converter para propulsão elétrica, mesmo aquelas que voam facilmente.
O atrito com a água é tão grande que mesmo as melhores baterias de íons de lítio se esgotam depois de apenas meia hora de navegação em alta velocidade — e esse é o motivo principal para a Candela abordar uma nova estratégia: a de desestabilizar o setor de barcos a motor nos Estados Unidos, o maior mercado mundial de barcos.
Com o sucesso do lançamento do daycruiser Candela C-8 de próxima geração, a empresa sueca agora decidiu inaugurar uma divisão norte-americana da empresa, que será comandada pelo conhecido marinheiro, ativista ambiental e empresário de sustentabilidade, Tanguy de Lamotte.
Famoso no circuito de iates, de Lamotte tem vários títulos em seu currículo — entre eles, duas vitórias na prestigiosa corrida Fastnet. Ele talvez seja mais conhecido pelo público por se envolver em algumas das corridas de vela de longa distância mais excruciantes do mundo.
Arquiteto naval por formação, ele projetou e construiu seus próprios barcos e correu duas vezes na corrida Mini Transat através do Atlântico. Em 2012, o marinheiro participou da corrida de volta ao mundo 2012 Vendée Globe, conhecida como o “Monte Everest dos mares”.
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Um ativista de longa data, que usou a publicidade da vela para arrecadar dinheiro para crianças com problemas cardíacos, Tanguy é um verdadeiro defensor da adaptação para transportes sustentáveis. Depois de navegar para o Havaí em 2018, ele ficou chocado ao descobrir que o oceano estava cheio de plásticos — a chamada Grande Mancha de Lixo do Pacífico.
“Encontramos lixo de plástico — sacos, xícaras, bonés de basquete, etc. — a cada metro que navegamos, durante toda a viagem. Esta viagem foi realmente abrir de olhos”, diz de Lamotte.
Ele conta que essa experiência em específico foi o que o motivou a ingressar no Google em 2019, onde, apelidado de “o guerreiro do plástico”, Tanguy comandou os esforços em pesquisas para reduzir o desperdício de plástico entre os 200 mil funcionários.
A Candela terá sede em São Francisco, na Califórnia, e a expectativa é de que Tanguy de Lamotte lidere a construção da divisão norte-americana da empresa sueca de tecnologia. Ela terá foco na promoção de barcos de lazer revolucionários, bem como embarcações de passageiros comerciais da Candela.
O ativista completou o relato, contando que “queria aliar a minha experiência em vela e em sustentabilidade: a Candela tem as duas. Eles unem tecnologia de corrida e sustentabilidade, para que todos possam desfrutar de uma experiência melhor no mar. Sendo engenheiro, adoro a tecnologia que permite que o barco voe tão bem. É como um passeio de tapete mágico. Será uma virada de jogo para os velejadores de lazer e para o conforto do passeio no transporte público marítimo”.
“Estamos extremamente animados por ter o Tanguy a bordo. Ele é um verdadeiro campeão de transportes marítimos sustentáveis”, completa o fundador e CEO da Candela, Gustav Hasselskog.
Por Naíza Ximenes, sob supervisão da jornalista Maristella Pereira.
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