Schaefer na Coreia do Sul
O encontro entre o empresário Marcio Schaefer com o vice-prefeito de Busan, Don Young Cho, e o secretário da Divisão de Investimentos Estrangeiros, Jae Hyung Lee, definiu a instalação do estaleiro catarinense Schaefer Yachts na segunda maior cidade da Coreia do Sul, com prazo de até 18 meses para iniciar a produção de lanchas a partir de 30 pés (aproximadamente 10 metros de comprimento). A Schaefer Yachts, sediada em Florianópolis, é a maior indústria do setor no Brasil, com 23 anos de mercado e fabricando lanchas e iates entre 30 e 83 pés.
“A Coreia do Sul é líder mundial na indústria naval de grande porte, mas não tem estaleiros de embarcações de lazer e está abrindo uma oportunidade para ingressarmos não só naquela nação, mas no mercado asiático”, disse Marcio Schaefer, presidente do estaleiro catarinense. Uma carta de intenções protocolou o acordo para a instalação da empresa brasileira, com prazo de 18 meses para iniciar a produção. “Começaremos fabricando a Phantom 303 e ano a ano evoluiremos nos modelos, até produzirmos o iate de 83 pés (Schaefer 830)”, informou o empresário. Na carta de intenções assinada hoje, a Prefeitura de Busan comprometeu-se em fornecer área, com acesso ao mar, para a instalação do estaleiro, além de incentivos fiscais. A Schaefer Yachts terá como contrapartida a geração de empregos e a cessão de tecnologia e formas náuticas.
Busan é a segunda maior cidade sul-coreana, com 6 milhões de habitantes, e de intensa atividade portuária, por onde escoam as exportações do país. A aproximação começou em 2013, promovida pelos agentes Han Kim e José Carlos Fantini, mas alavancada quando o barco Phantom 303 foi eleito o melhor equipamento do Busan Boat Show, em outubro do ano passado. “O que assinamos não foi apenas uma carta de intenções, mas a garantia de que estamos firmemente empenhados em assegurar a instalação da Schaefer Yachts em Busan”, considerou Don Young Cho. No Brasil, o preço médio de uma 303 é de R$ 400 mil, porém na Coreia do Sul será pelo menos 25% mais baixo, por conta de menor carga tributária e da competitividade da economia daquele país.
“O convite é um reconhecimento mundial da expertise brasileira no segmento”, resumiu Pedro Odílio Phellippe, diretor-industrial da Schaefer Yachts. O mercado também está mais receptivo às exportações: até 2008, dois meses da produção do estaleiro catarinense era destinado ao mercado europeu, mas o cenário retraiu pela valorização do Real nos últimos anos. “Com o dólar forte, nossa presença no exterior será retomada”, disse Phellippe.
Foto: Norton José
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