Direto de Itajaí
Nada está decidido ainda. Esse é o pensamento dominante entre os sete skippers das equipes que disputam a Volvo Ocean Race 2104-15. Eles falaram à imprensa hoje cedo, na Vila da Regata, em Itajaí, onde estão concentrados para a In-Port Race – a regata local, a ser disputada amanhã – e a largada com destino a Newport, nos Estados Unidos, domingo. Faz sentido, pois, embora cinco das nove pernas tenham sido disputadas, ainda há 45% dos pontos em disputa e 25% do percurso total a completar. “A última perna foi muito boa para nós, mas tudo pode acontecer, como aconteceu com o Dongfeng”, disse o sóbrio inglês Ian Walker, comandante do Abu Dhabi, que não só venceu a última perna, entre Auckland, na Nova Zelândia, e Itajaí, como é o líder isolado da competição, com nove pontos perdidos.
O barco chinês teve o mastro quebrado e precisou ligar o motor para alcançar a cidade catarinense, o que aconteceu dias depois da chegada de todos – menos do Team Vestas, cujo VO 65 continua sendo reparado em um estaleiro, na Itália, a fim de que esteja pronto para voltar à água em Lisboa, no começo de junho. Com 16 pontos perdidos, o Dongfeng continua na segunda colocação geral, porém, agora, distante sete pontos da equipe árabe. “Vamos continuar velejando como antes”, prometeu o francês Charles Caudrelier, skipper do time chinês, que não quer saber de desânimo entre a tripulação. “O Groupama (barco que venceu a Volvo Ocean Race 2011-12) também teve quebra de mastro e, no fim, saímos vencedores”, comparou.
Quem levou um balde de água fria, já depois da chegada a Itajaí, foi o time espanhol Mapfre, que fez um reparo na embarcação durante a última perna sem avisar a direção da prova – o que fere o regulamento. Por conta disso, a equipe foi penalizada com a perda de dois pontos, saltando do terceiro para o quinto lugar. Se, antes, estava empatada com o Team Brunel com 18 pontos perdidos, agora, ficou atrás do Team Alvimedica, que tem 19 pontos perdidos (o Mapfre tem 20). “Foi uma punição administrativa, com a qual eu não concordo, porque, em primeiro lugar, vem a segurança da tripulação, e foi isso que nós focamos quando fizemos o conserto”, desabafou o espanhol Iker Martínez, campeão olímpico e que, depois da VOR, disputará a Rio 2016 na nova classe Nacra 17. O sueco Team SCA segue na lanterna, com 24 pontos perdidos.
“A perna para Newport, além de ser mais longa (antes, os barcos se dirigiam para Miami), será bastante influenciada por fatores meteorológicos, como os ventos alísios (que sopram dos trópicos para o equador), tornando o percurso muito difícil. Quem está atrás pode ser empurrado para a frente e vice-versa”, avaliou um otimista Bouwe Bekking, o holandês no comando do também holandês Team Brunel, com a experiência de quem disputa a maior regata de volta ao mundo pela sétima vez. Como se vê, nada está decidido, mesmo. E muita coisa ainda vai acontecer até que os barcos, finalmente, aportem em Gotemburgo, a parada final da competição, na segunda quinzena de junho.
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