Achado submarino

Por: Redação -
29/04/2015

Atlântida, descrita por Platão em seu diálogo Crítias como um lugar que “cintila com a luz vermelha do oricalco”, o metal que segundo o filósofo Grego revestiria toda a parte interior do templo de Poseidon na ilha. O pensador grego acrescenta ainda que a substância seria a segunda mais valiosa, perdendo apenas para ouro, e que só poderia ser extraída das minas localizadas no território perdido.

Lenda à parte, até hoje apenas pequenas quantidades de oricalco haviam sido encontradas. Para surpresa de historiadores, mergulhadores da Sicília acabam de descobrir 39 barras compostas pela misteriosa liga em um navio que naufragou por volta do ano 550 a.C. na região de Gela, no sul da ilha italiana.

“Nada similar jamais havia sido encontrado”, disse Sebastiano Tusa, da agência marítima local, ao Discovery News. “Nós conhecíamos o oricalco de textos antigos e de alguns objetos ornamentais”, conta. Entre os estudiosos, o consenso é que se tratava de uma liga metálica semelhante ao bronze, obtida através da reação entre minério de zinco, carvão e cobre. Mas sua composição, bem como sua origem, continuam incertas e sendo debatidas por estudiosos.

Os gregos antigos acreditavam que essa invenção havia relação com o herói mitológico Cadmo, e grande parte da fama e do mistério que perduram até hoje se devem justamente a Platão, que no século IV a.C. incluiu a substância na obra Crítias e a relacionou com Atlântida.

A embarcação que carregava a valiosa carga parece até ter recebido alguma espécie de maldição dos deuses antigos: após partir de alguma suposta localidade da Grécia ou Ásia Menor, o naufrágio ocorreu quando estava a meros 300 metros do porto de Gela, devido a uma tempestade.

Depois de analisadas com uma técnica conhecida como fluorescência de raios X, as 39 barras revelaram ser compostas por 75-80% de cobre, 15-20% de zinco e também por pequenas quantidades de níquel, chumbo e ferro. De acordo com Sebastiano Tusa, a descoberta chama a atenção para a importância da cidade no cenário econômico e cultural do Mediterrâneo da época. “O achado confirma que cerca de um século após sua fundação em 689 a.C., Gela veio a se tornar uma cidade rica, com oficinas de artesanato especializadas na produção de artefatos valiosos”, afirma.

Fotos e informações: Discovery News via revista Mergulho

 

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