Crescimento sustentável: Brasil amplia malha hidroviária economicamente navegável em quase 300 km
Estudo produzido pela Antaq quantificou o aumento dessas vias entre 2022 e 2024


Entre 2022 e 2024, a malha hidroviária economicamente navegável no Brasil cresceu 279 km, consolidando uma rede com mais de 20,4 mil km de rios e canais aptos a transportar cargas e pessoas. O balanço foi divulgado na última sexta-feira (10) pelo Ministério de Portos e Aeroportos (MPor) e reflete a estratégia do governo de ampliar o uso das hidrovias como alternativa aos transportes rodoviário e ferroviário.
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Os dados fazem parte do Estudo de Vias Aquaviárias Interiores Economicamente Navegáveis (VEN), elaborado a cada dois anos pela Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq). O levantamento aponta um aumento de 1,39% da extensão navegável desde 2022 — um avanço que reforça o potencial logístico e ambiental do modal hidroviário no país.


Segundo o Plano Nacional de Viação (PNV), a malha hidroviária economicamente navegável pode chegar a 41,7 mil km no Brasil. Ou seja, o número atual representa pouco menos da metade desse potencial, indicando que ainda há muito espaço para expansão.
A região Norte liderou o crescimento no período, com aumento de 3,56% da malha navegável destinada ao transporte de cargas e passageiros. Os números reforçam a importância de rios amazônicos como eixos logísticos estratégicos.
Hidrovias como vetor de eficiência
O transporte hidroviário vem ganhando espaço na agenda econômica por combinar menor custo logístico com ganhos ambientais expressivos. De acordo com o MPor, esse modal emite até cinco vezes menos poluentes do que o transporte rodoviário e 1,5 vez menos carbono do que o ferroviário, sendo considerado uma das alternativas mais limpas da matriz nacional.


Os investimentos em infraestrutura hidroviária são fundamentais para tornar o transporte mais eficiente, reduzir custos logísticos e ampliar a competitividade, fortalecendo toda a cadeia econômica e produtiva do país– destacou Silvio Costa Filho, Ministro de Portos e Aeroportos
Com essa visão, o governo federal prevê cerca de R$ 30 bilhões em investimentos no setor portuário e hidroviário entre 2023 e 2026, por meio de concessões e parcerias com a iniciativa privada. A expectativa é de que, com a expansão da malha e dos terminais, a movimentação de cargas pelas hidrovias alcance entre 25 e 30 milhões de toneladas anuais até 2030.
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