Avião-barco conhecido por “monstro do Mar Cáspio” vira ponto turístico na Rússia

Grande projeto foi construído para ser usado durante a Guerra Fria, porém foi pouco usado e terminou abandonado pelos militares

09/12/2022
Reprodução: Instagram

Criado e idealizado por Alexeev Rotislav para fazer ataques relâmpagos aos navios rivais, o ecranoplano MD-16, serviu apenas por três anos para os soldados da antiga União Soviética. Sua intenção era atuar na Guerra Fria, por isso foi equipado com potentes mísseis guiados e que poderiam chegar até 100 quilômetros de distância.

 

Na época seus principais alvos eram os porta-aviões. Por fazer parte de um projeto ultrassecreto da extinta União Soviética, o MD-16 foi pensado de uma forma que nem os radares aéreos poderiam notá-lo, muito menos os sonares, pois o modelo voava cerca de seis metros de altura da água. Desta forma, seu ataque era rápido e feito como uma surpresa aos seus rivais.

 

 

Um dos fatores mais impressionantes é seu tamanho, cerca de 73 metros de comprimento. Já a distância entre suas asas, chega em 44 metros. Para efeito de comparação, até o começo do ano o maior avião ativo era o Antonov An-225, com 84 metros ao total. Para movimentar as 380 toneladas do ecranoplano, foram acoplados oito motores a jato e juntos permitiam uma velocidade máxima de mais de 500 km/h.

 

 

Ver essa foto no Instagram

 

Uma publicação compartilhada por @vputnap

 

Internamente existiam salas de descanso, camas, e até uma cozinha, os quais podiam atender até 15 pessoas. Para evitar qualquer tipo de surpresas, havia também radares e sistemas voltados para a detecção de eventuais problemas.

 

 

Depois de cair em desuso, o Lun foi abandonado em uma base naval russa, em Kaspiysk. Recentemente, houve uma tentativa de levá-lo para um museu em Derbent, na Rússia. Contudo, dada as dificuldades de locomoção, o avião-barco começou a afundar e por isso foi deixado em uma praia e se tronou um ponto turístico bem diferente.

 

 

Por Felipe Yamauchi, sob supervisão da jornalista Denise de Almeida

 

Náutica Responde

Faça uma pergunta para a Náutica

    Relacionadas

    Capital do agronegócio do Brasil busca novos rumos com o Fórum de Turismo

    Especialista Bianca Colepicolo explica como Sorriso (MT) pode diversificar suas atividades além do agro

    JRG Corp: conheça a empresa que fez bombar o Propspeed no Brasil

    Com operações em mais de 13 países, marca traz soluções em produtos internacionais ao país, além de alavancar marcas nacionais no exterior

    PlanHidro SP: como a maior metrópole do país pretende implementar o transporte aquático

    Ao longo de 30 anos, projeto de R$ 8,5 bilhões deve abranger 180 km de hidrovias urbanas, incluindo rios como o Pinheiros e Tietê

    Novo estaleiro boutique brasileiro, Tirreno anuncia lançamento de barco inflável de 38 pés

    Fundada por Julico Simões, empresa aposta em trazer conceito europeu para mercado nacional de embarcações

    Por que o turismo é importante para o setor náutico?

    Bianca Colepicolo aponta benefícios de incentivar atividades turísticas e analisa o crescimento da área