Empresa húngara lança o Cyberjet: um jet 100% elétrico
Sonho de todo ambientalista, o GT 95 é um jet 100% elétrico. Não polui, não faz barulho, usa energia renovável e, de quebra, alcança 37 nós de velocidade máxima. O apelido, Cyberjet, é uma referência ao Cybertruck, da Tesla.
Para quem adora andar de jet mas não gosta de barulho nem fica confortável com a emissão de monóxido de carbono, um dos gases responsáveis pelo aquecimento global, a notícia é pra lá de especial.
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A Narke Electrojet — fundada por um grupo de empresários da Hungria, tendo entre os sócios a Como Yachts — deu um salto à frente ao apresentar o seu segundo jet “limpo” e de alto desempenho: o Narke GT95.
Não é uma moto aquática qualquer. Além de ser impulsionado por um motor 100% elétrico, o GT95 rompe com os padrões de design.
Projetado para produção em série, seu casco tem estilo ousado, destacando-se como contraparte marítima perfeita ao tão falado Cybertruck, o utilitário da Tesla que causou polêmica com seu visual futurístico, exatamente como o deste jet, ou melhor, Cyberjet.
Muito se falou também da enorme tela multimídia instalada na picape da Tesla. O GT 95 não deixa por menos: apresenta uma tela inteligente (personalizável) de 7 polegadas que exibe funções de navegação e meteorologia por meio de uma conexão Bluetooth, além de mostrar a quilometragem, a temperatura da água e a distância do porto ou fazer ou receber chamadas enquanto você estiver navegando.
O motor produz 95 hp (daí o nome do jet), com velocidade máxima, segundo dados do fabricante, de 37 nós (42,5 mph ou 69 km/h). A bateria de íon de lítio de 24 kWh promete autonomia de 31 milhas com uma única carga.
Antes de a carga acabar de vez, é preciso retornar a marina e “reabastecer”. O carregamento rápido completo leva apenas uma hora e meia. Como alternativa, é possível usar uma tomada doméstica comum — neste caso, a recarga demora cerca de seis horas.
Para avaliar o desempenho de seu Cyberjet, a Narke convidou o campeão mundial de jet Péter Bíró, que ao desembarcar era só elogios. “Fiquei impressionado com a velocidade e com a capacidade de fazer manobra do GT 95. Estou absolutamente emocionado com o quão incrível ele é”, disse o piloto.
Além disso, ressaltou ele, a navegação é silenciosa e a direção, macia, leve e altamente resistente em comparação com modelos convencionais de seu tipo. Sem falar nos benefícios para o planeta.
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Batizada de Eco-conscious personal watercraft (motos aquáticas ecologicamente corretas), a linha de jets elétricos da Narke tem ainda um modelo 50% menos potente, o GT45, lançado em 2018.
Com 3,96 metros de comprimento (13 pés), o GT95 tem um conjunto de assentos de três lugares e plataforma de popa estendida. Mas, se é suave na água, no bolso ele pesa um pouco. Na Europa, está sendo vendido por € 39.000. É o preço que se paga pelo pioneirismo.
Em um projeto de cinco anos para lançar modelos elétricos de cada uma de suas linhas de produtos, a BRP planeja investir 300 milhões de dólares nos próximos cinco anos no desenvolvimento de produtos, equipamentos especializados, infraestrutura, ferramentas de produção e instalações.
Estima-se que o primeiro modelo elétrico seja lançado nos próximos dois anos.
Para isso, a empresa está desenvolvendo internamente sua tecnologia de powerpack modular Rotax, que será aproveitada em todas as linhas de produtos, aprimorando a experiência do consumidor ao oferecer novas opções elétricas.
E também criou um Centro de Desenvolvimento de Veículos Elétricos no Canadá, que contará com equipamentos de última geração, incluindo várias bancadas de teste sofisticadas e dinamômetros, além de uma célula de fabricação robotizada ultramoderna para baterias elétricas.
Outro polo de desenvolvimento na Áustria terá como foco o torque: o inversor e o motor elétrico de alto desempenho.
“Sempre dissemos que a eletrificação não era uma questão de ‘se’, mas de ‘quando’. Hoje, estamos muito entusiasmados em revelar mais detalhes de nosso plano para fornecer produtos que moldam o mercado, que irão aprimorar a experiência do consumidor, oferecendo novas opções elétricas”, disse José Boisjoli, presidente e CEO da empresa.
“Estamos aproveitando nosso know-how de engenharia e capacidades de inovação para definir a melhor estratégia para o desenvolvimento de produtos elétricos”, acrescentou.
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