Disputa em São Paulo

Por: Redação -
10/02/2015

As flotilhas de Optimist e de 420 do Audi YCSA Sailing Team foram maioria entre os 44 barcos inscritos na Taça Geraldo Peixoto disputada neste domingo (8) na Represa Guarapiranga. O equilíbrio prevaleceu nas duas classes da vela jovem. Na Optimist os quatro primeiros somaram dez pontos perdidos. Na 420, segundo e terceiro colocados obtiveram 11 pontos, o quarto e o quinto perderam 12, enquanto a dupla campeão ficou com sete pontos.

O Audi YCSA Sailing Team ocupou as três posições do pódio da 420, disputada por nove tripulações. O título ficou com André Fiúza e Stephan Kunath, após um quinto e dois primeiros lugares nas três regatas de domingo, com vento sul-sueste, variando de 6 a 12 nós (10 a 20 km/h). Nos critérios de desempate, Martin Lowy e Marcelo Peek levaram a medalha de prata, deixando o bronze para Olivia Belda e Marina Arndt. A dupla masculina obteve o segundo lugar como melhor resultado contra um terceiro das meninas. As regatas previstas para sábado (7) foram canceladas devido à forte chuva e aos ventos com rajadas de até 30 nós (55 km/h).

“O vento de verão oscila muito na represa. Foi um campeonato difícil porque tivemos de escolher uma regulagem intermediária para as velas. O Pedro Corrêa (quarto colocado com Philipp Essle) velejou muito bem e esteve nos ameaçando”, analisou André, enquanto seu parceiro Stephan lamentou a ausência dos campeões sul-americanos Eric Belda e Rodrigo Dabus. “Eles são a nossa referência. Têm mais experiência e podemos aprender com eles porque trocamos muitas informações fora da água”. Eric passou o dia no YCSA cuidando do barco. Rodrigo, fortemente gripado, não saiu de casa.

Apesar de juntos há apenas seis meses, os resultados recentes demonstram a evolução de André e Stephan. “Estamos treinando em quase todos os finais de semana. Na represa ou em Ilhabela, dependendo de onde o barco estiver. É o que nos faz velejar melhor a cada campeonato”, justificou André. O próximo objetivo da dupla é o Sul-Americano de 420, em San Isidro, na província de Buenos Aires, durante a Páscoa. Ambos ficaram em terceiro lugar no último Sul-Americano em Porto Alegre e também no Brasileiro, mês passado em Ilhabela.

A definição do vencedor na classe Opitimist, entre os 35 velejadores inscritos, teve de ser no critério de desempate, considerando-se maior número de primeiros, segundos, terceiros lugares e assim sucessivamente. Matheus Oliveira da Escola de Vela de Ilhabela (EVI) foi o campeão. Dois atletas do Audi YCSA Sailing Team completaram o pódio: Nicolas Bernal, de apenas 12 anos e ainda juvenil, com a prata e Martin Chao com o bronze.

“O campeonato foi bastante disputado. Senti a diferença na represa porque no mar o vento é mais constante”, considerou Matheus, o campeão. Para o vice, Nicolas, a terceira regata foi decisiva. “Ganhei a última prova quase em cima da linha de chegada. Os que estavam na minha frente cambaram (manobraram) antes e eu permaneci no mesmo rumo. O vento me favoreceu”. Martin Chao enfrentou a oscilação do vento para ficar em terceiro. “A intensidade do vento variou o tempo todo, o que exigiu máxima atenção durante as regatas”.

A movimentação na Guarapiranga foi acompanhada de perto pelo técnico do Audi YCSA Sailing Team, Bernardo Arndt, o Baby, atento ao desempenho de seus atletas, deslocando-se de bote no entorno da Raia 1. “As regatas em represa são fundamentais do ponto de vista tático. Eles têm de se adaptar às situações de mar e de represa. Vejo as tripulações (de 420) muito motivadas. É o que determina a evolução. O importante é que nessa fase não quebrem o ritmo de treinos. É preciso que tenham foco para conciliar escola e vela”, recomendou Baby.

Foto: Volnys Bernal / YCSA

 

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