O motor de popa Yamaha F 115 B supera seu antecessor, o F 115 A

27/06/2016

O segmento dos motores de popa de média potência é muito disputado pelos dois maiores fabricantes desse equipamento, Mercury e Yamaha. Em 2014, ambos lançaram modelos de 115 hp, faixa estratégica do mercado, já que uma unidade com essa potência impulsiona lanchas de 17 a 21 pés ou de 22 a 26 pés, em parelha. Testamos o F 115 B, o motor de quatro tempos e quatro cilindros da marca japonesa, com duplo comando de válvulas e 1,8 litro de capacidade volumétrica. Priorizando peso baixo, diminuição nos níveis de consumo e ruído e aceleração vigorosa, o bloco é melhor em tudo que o F 115 A (o primeiro 115 hp quatro tempos da Yamaha). O novo F 115 B foi testado por NÁUTICA em duas lanchas: numa Focker i9 e num barco de alumínio Marajó 19 Fishing Machine, da Levefort, cuja planilha de desempenho ilustra este teste. Em ambas o motor nos deu prazer na pilotagem, pela performance e o funcionamento silencioso, “macio” — o propulsor não causou vibrações desconfortáveis, em baixa, média ou alta rotação.

Aferimos uma velocidade máxima ligeiramente maior na lancha de fibra (37,3 contra 37 nós), embora ela seja mais pesada que a de alumínio. Isso porque, além de estarmos no nível do mar com a Focker i9 — enquanto testamos a Marajó à altitude de 650 metros, na represa paulista de Igaratá —, havia só duas pessoas a bordo, contra três na lancha da Levefort. A propósito, consideramos o F 115 B muito grande para a embarcação de alumínio, o que nos impossibilitou de obter mais velocidade, em função do caturro exagerado do barco quando a rotação do motor se aproximou da máxima. Porém, o tempo decorrido entre a marcha lenta e os 20 nós foi de 4,4 segundos na Marajó 19, contra 5,6 segundos na Focker i9 — uma diferença e tanto. Vale saber que na lancha de alumínio o hélice de inox de três pás tinha passo de 17 polegadas, contra 19 polegadas na lancha de fibra, o que contribui, também, para o menor tempo na arrancada.

Comparado ao Yamaha F 115 A, o F 115 B traz mudanças significativas. Primeiro pelo design, já que o capô do novo motor tem formato mais agressivo. Em termos de peso, a diferença também é expressiva: o F 115 B pesa 11 kg menos que o antecessor, graças a um novo mecanismo do levantador hidráulico do propulsor (power trim), ao suporte de fixação no barco mais leve e, ainda, devido aos novos componentes usados na parte plástica. Com faixa máxima de rotação mais alta que o motor antigo — de 5 300 a 6 300 rpm contra 5 000 a 6 000 rpm —, o F 115 B tem desempenho ligeiramente melhor que o F 115 A, o que significa que, muito provavelmente, houve ganho na potência. Válvulas de admissão e saída maiores asseguram torque mais expressivo, o que colabora para um aumento na capacidade volumétrica (1 832 cm³ contra 1 741 cm³). Assim, o motor de quatro tempos de 115 hp coloca a marca japonesa outra vez na disputa com a arquirrival americana, em busca de clientes na estratégica faixa de mercado das lanchas de entrada.

Texto publicado na edição de fevereiro de 2015.

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