Em busca do ouro

Por: Redação -
05/08/2016

Maior medalhista do Brasil na história na Olimpíada, Robert Scheidt inicia nesta segunda-feira (8), no Rio de Janeiro, sua jornada em busca da sexta medalha olímpica. O foco nas águas da Baia da Guanabara é o terceiro ouro (ele também tem duas pratas e um bronze), porém, o velejador de 43 anos sabe que travará verdadeiras ‘batalhas navais’ contra atletas mais jovens. A primeira regata da classe Laser está marcada para começar às 13h05. A segunda terá largada na sequência, após as disputas da RS:X masculina e feminina e Laser feminina. Ao todo serão 10 regatas, duas por dia, e a medal race (regata da medalha) no dia 15.

Uma medalha no Rio de Janeiro significará marcas históricas para Robert. Se subir ao pódio, será o primeiro atleta, entre todas as classes do iatismo, a somar seis conquistas na vela. E isso em seis edições consecutivas dos Jogos, considerando todos os esportes. “Claro que sei dos importantes números que podem ser atingidos, mas eu não penso muito nisso, especialmente neste momento. Minha cabeça está nessa Olimpíada”, diz Scheidt.

O fato de ser o atleta mais velho da classe Laser na Olimpíada e duelar com competidores até 20 anos mais jovens (a idade média não ultrapassa os 30 anos) não assusta Scheidt. Ele aposta justamente na experiência para conseguir a regularidade necessária para chegar à regata da medalha (medal race), no dia 15 (segunda-feira) entre os ponteiros e com chances reais de lutar pelo pódio. “Conta muito ter passado por todas as situações. Alguns atletas estão no auge da carreira, mas nunca participaram de uma Olimpíada. O fato de já ter definido medalha olímpica, já ter ganho e perdido na última regata, isso conta no final.”

Os números do bicampeão olímpico Robert Scheidt comprovam o valor da regularidade como arma para conquistar um lugar no pódio. Nas campanhas do ouro em Atlanta, prata de Pequim e bronze de Londres, ele esteve entre os 10 primeiros em todas as regatas. Em Atenas, onde também foi campeão, foi top 10 em nove entre 11 provas, enquanto em Sydney chegou ao segundo lugar chegando entre os 10 primeiros sete vezes ao longo da disputa.

Em 2016, ano de sua sexta Olimpíada, Scheidt se manteve entre os melhores do mundo – ocupa hoje o quinto lugar no ranking. Após vencer, no começo de janeiro, o Brasileiro de Laser, no Rio de Janeiro, o velejador conquistou, no fim do mesmo mês, seu sexto título em Miami da Copa do Mundo de Vela. No início de abril, garantiu a prata no Troféu Princesa Sofia, em Palma de Mallorca na Espanha. Na disputa do Campeonato Mundial de Laser, em maio, em Nuevo Vallarta, no México, ele terminou em 10º lugar.

Na reta final de preparação para a Olimpíada, venceu a Semana Internacional de Vela do Rio de Janeiro, que teve sua segunda fase encerrada dia 20 de julho, no iate clube da capital carioca. Na carreira são 175 títulos – 86 internacionais e 89 nacionais – além de cinco medalhas olímpicas (duas de ouro, duas de prata e uma de bronze).

A cerimônia de abertura dos Jogos do Rio de Janeiro acontece hoje, a partir das 20h, no Estádio do Maracanã.

Foto World Sailing/Divulgação

 

Assine a revista NÁUTICA: www.shoppingwww.nautica.com.br

Náutica Responde

Faça uma pergunta para a Náutica

    Relacionadas

    Barco da Uber: saiba como é navegar de forma gratuita no Rio Pinheiros

    Equipe de NÁUTICA testou a novidade que atracou na capital de São Paulo e que seguirá disponível para toda a população até dia 4 de agosto; confira

    Olimpíadas de Paris 2024 começam com Cerimônia de Abertura histórica em barcos no Rio Sena

    Pela primeira vez na história a celebração aconteceu fora de um estádio; confira fotos

    Ilha com ‘paisagem extraterrestre’ tem árvore que ‘sangra’ e espécies únicas no planeta

    Parte do Iêmen, Socotra serviu como palco de diversos naufrágios e abriga grande biodiversidade

    Tubarão mais velho do mundo pode ajudar a aumentar a longevidade humana

    Tubarão-da-Groenlândia pode alcançar até 400 anos de vida e nada extremamente devagar; confira

    Surfistas terão Vila Olímpica flutuante com direito a refeitório 24h durante Paris 2024

    Aranui 5 é o nome do navio de 126 metros que recebe os atletas em Teahupoo, no Taiti