Metade no ar, metade no mar: embarcação voadora pode ser o futuro de travessias na Europa
Um conceito radical de “balsa voadora” que pode chegar a velocidade de até 180 milhas por hora, de acordo com a Brittany Ferries — companhia marítima francesa que opera uma frota de balsas e cruzeiros ferroviários entre França e Reino Unido, Irlanda e Espanha —, está sendo apontado como o futuro dos navios de passageiros, principalmente pela possibilidade de reduzir drasticamente o tempo de travessia entre canais pelo mundo.
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A Brittany Ferries anunciou recentemente que assinou uma parceria com a startup REGENT (Regional Electric Ground Effect Nautical Transport), com sede em Boston, para produzir o primeiro Seaglider, com expectativa de conclusão em meados de 2028, transportando até 150 passageiros do Reino Unido para a França.
O projeto elétrico é descrito como um planador marinho, e tem como objetivo combinar o conforto dos hidrofólios, a eficiência aerodinâmica de um hovercraft (veículo que não trafega diretamente na água ou no solo, mas “flutua” sobre um colchão de ar pressurizado) e a velocidade de uma aeronave.
Além do mais, o Seaglider poderia atracar em portos de balsa existentes, eliminando a necessidade de qualquer investimento em infraestrutura.
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Os primeiros modelos terão suposto alcance de 180 milhas, mas, com o desenvolvimento das baterias de última geração, a REGENT prevê que esse número possa aumentar para 500 milhas.
A startup estima que um Seaglider poderia diminuir o tempo de viagem de Portsmouth a Cherbourg, por exemplo, para 40 minutos — uma redução de 78% no tempo atual de travessia (de 3 horas) por uma balsa tradicional.
Investir nessas “balsas voadoras” de alta velocidade pode representar um desafio significativo para os barcos de lazer, mesmo aqueles com a mais recente tecnologia AIS (Sistema de Identificação Automática: um sistema de transmissão de bordo que comunica a identificação, posição, curso, velocidade e outros dados críticos da embarcação) instalada.
Em uma declaração conjunta, a Brittany Ferries e a REGENT acrescentaram: “Nós entendemos que muitos marcos tecnológicos, práticos e regulatórios estão à frente. No entanto, o cuidado não deve ser um impedimento para o desenvolvimento de um conceito promissor, que já tem uma história em aplicações militares e embarcações de lazer menores, operando em todo o mundo” . Veja mais detalhes no vídeo abaixo:
Por Naíza Ximenes, sob supervisão da jornalista Maristella Pereira.
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