Todos por um
A saudável rivalidade trazida à Ilhabela Sailing Week em 2014 pela inédita disputa por equipes, levou a organização a repetir o torneio neste ano, dando continuidade ao prêmio na 42ª edição da principal competição de vela oceânica da América Latina. A Marinha do Brasil tem a equipe a ser batida. Na primeira disputa, a “esquadra” da Escola Naval e do Colégio Naval formada pelos barcos Bijupirá, Breklé, Dourado e Quiricomba, demonstrou exímio entrosamento e levou para o Rio de Janeiro o Troféu Pen Duick II, de posse transitória.
A idealização de um campeonato em conjunto, por equipes, com quatro embarcações cada, das classes RGS, IRC ou ORC, aproveitando-se as mesmas regatas do programa da Ilhabela Sailing Week, tem como objetivo fomentar a disputa entre os clubes náuticos do país. “É uma tentativa de se criar espírito competitivo entre os clubes para que se desafiem nas regatas”, define o diretor de Vela do Yacht Club de Ilhabela (YCI), Carlos Eduardo Souza e Silva, o Kalu.
“O resultado do ano passado mostra que uma equipe bem sucedida não é apenas um grupo de veleiros. Ganhou a Escola Naval, única que já funciona há muito tempo como um time”, reforça o diretor de Vela. “Em 2014 não fomos bem, mas temos treinado juntos em busca da evolução. Estou muito feliz com a disputa e aguardo que o Mussulo forme um segundo time do YCI”, enfatiza Kalu, também comandante do Orson que formará o quarteto com os parceiros de 2014, Jazz e Fantasma, e com o novato HPE 30, Capatosta.
Os quatro veleiros da vitoriosa campanha de 2014 estarão novamente na raia de Ilhabela para brigar pelo bicampeonato. “É uma vocação natural da Marinha alimentar o espírito de equipe. Foi uma vantagem nossa sobre os outros três times. Neste ano, estamos ainda mais bem preparados para a defesa do troféu de posse transitória”, afirma Ricardo Lebreiro, o Riquinha, há 30 anos professor de vela na Escola Naval. “Esse tipo de disputa é muito comum nas regatas da Inglaterra. Foi uma ideia ótima do Yacht Club de Ilhabela”, atesta o instrutor de 62 anos, que será novamente o tático da flotilha da Marinha.
Além das equipes do YCI, a Marinha deverá enfrentar outros adversários experientes como equipes do Rio de Janeiro e de Santa Catarina. “Já contamos com os barcos Lucky V e Santa Fé, ambos da ORC e IRC. Vamos completar o time com mais dois da classe RGS”, destaca o comandante do Lucky V, Ralph Rosa, de Niterói. “Os tripulantes estão animados e confiantes. Esperamos demonstrar eficiência no mar e grande alegria em terra”, conclui o velejador do Clube Naval Charitas (RJ). No comando do Magia Energisa, Lars Grael deverá formar equipe com Seu Tatá e mais barcos RGS.
O Iate Clube de Santa Catarina (ICSC) também espera levar sua flotilha à disputa por equipes. Viva Extraordinário, Catuana Kim e Itajaí Sailing Team aguardam um quarto parceiro para consolidar o time representante de Florianópolis, cidade que ainda terá o atual campeão da C30, Zeus Team e outros dois HPE 25: Força 12 e Xereta. O Troféu Pen Duick II é uma homenagem ao barco do navegador francês, Eric Tabarly, vencedor da Ostar, tradicional regata transatlântica, há 51 anos, em 1964. A prova em solitário parte da Inglaterra com destino aos Estados Unidos.
Resultado da disputa por equipes em 2014
1º Escola Naval (Bijupirá/Breklé/Dourado/Quiricomba)
2º Iate Clube de Santos (Lexus Chroma/Pi/Ciao/Sabá)
3º Charitas, de Niterói (Lucky V/Santa Fé V/Albatroz/Zeppa)
4º Yacht Club de Ilhabela (Orson/Fantasma/Kanibal/Jazz)
Foto Marcos Méndez / SailStation
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