Fórum Náutico Paulista define especificações do programa Meu Primeiro Barco

14/12/2016

Durante reunião do Fórum Náutico Paulista, que aconteceu nesta quarta-feira (07), em São Paulo, os membros do grupo de trabalho formalizaram os especificações do programa “Meu Primeiro Barco”, que visa fomentar a indústria náutica em São Paulo. O projeto, apresentado no encontro por Marcio Dottori, diretor técnico de NÁUTICA, prevê o lançamento de uma embarcação totalmente desenvolvida no Estado de São Paulo, especialmente desenhado para quem está começando a navegar. Veja abaixo alguns parâmetros já definidos:

Objetivo: fomentar a indústria náutica de lazer no estado, incentivando o projeto e a construção de um barco a motor ou a vela em São Paulo, com casco e equipamentos, exceto a motorização, fornecidos por empresas paulistas. Esta embarcação deve transportar, no mínimo, cinco adultos (375 kg) e ter um arranjo que possibilite o uso em passeios, pesca, mergulho e esqui/wakeboard (exceto veleiros), custando, pronta para navegar, até R$ 65 mil.

  • Comprimento
    1. Alumínio e fibra de vidro, entre 5,0 e 6 m  (16 e 20 pés), do bico de proa ao espelho de popa.
    2. Inflável, entre 4,5 e 6 m (15 a 20 pés), do bico de proa a extremidade de ré dos tubulões infláveis. O comprimento dos tubulões infláveis, a partir do espelho de popa para trás, não deve ultrapassar a extremidade traseira do motor de popa.
    3. Polietileno rotomoldado, entre 4,5 e 6 m (15 a 20 pés), do bico de proa ao espelho de popa.
  • Boca mínima na linha d’água: 1,70 m.
  • Peso máximo: 700 kg, incluindo a carreta rodoviária.
  • Potência
    1. Alumínio e lancha de fibra: entre 60 e 90 hp.
    2. Inflável: entre 50 e 90 hp.
    3. Polietileno rotomoldado: entre 50 e 90 hp.
    4. Veleiro: entre 2 e 15 hp.
  • Tipo de motor (exceto para veleiros): elétrico ou a combustão, sendo que, neste caso, obrigatoriamente o propulsor, no caso de popa (fora da borda), deve ser dois tempos com injeção direta de combustível ou quatro tempos, todos com classificação ambiental mínima de duas estrelas, no caso de motorização a gasolina.
  • Área de navegação: águas parcialmente abrigadas, como rios, lagos, represas, baías, enseadas e canais. Deve resistir as pequenas ondas geradas por ventos de até 16 nós (30 km/h), correspondente a Força 4 na Escala Beaufort.
  • Segurança: flutuabilidade positiva, o que significa que o barco não pode afundar, mesmo totalmente alagado. Desejável manter a posição normal de navegação, se alagado.
  • Equipamentos:
    1. material de salvatagem: composto de coletes salva-vidas, boia circular salva-vidas com 20 metros de cabo flutuante, extintor de incêndio ABC de 1 kg e âncora com 3 metros de corrente de 6 mm (galvanizada a fogo) e 40 metros de cabo de náilon ou de poliéster, com diâmetro mínimo de 12 mm.
    2. carreta: do tipo rodoviária, metálica ou de madeira.
    3. capota: de tecido, do tipo escamoteável.
    4. acessórios obrigatórios: bateria, chave geral, luzes de navegação, bomba de porão com dispositivo de acionamento automático, duas defensas com no mínimo 30 cm de comprimento, duas espias de náilon ou de poliéster (com 12 mm de diâmetro e 5 metros de comprimento cada), bússola, escada de popa retrátil, dois cunhos na proa, dois cunhos na popa, olhal (alça) para reboque na proa, dois olhais para reboque na popa e olhal para amarrar o final do cabo da âncora no respectivo paiol. Cunhos e olhais, de aço inox, alumínio ou plástico reforçado (no caso de barcos de fibra de vidro ou de polietileno rotomoldado), devem ter arruelas metálicas largas ou, de preferência, chapas metálicas internas para suportar os esforços aplicados nestes amarradores.

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