Nascido em Ulm, na Alemanha, em 1879, Albert Einstein passou a vida estudando para desvendar os segredos do universo, para o qual abriu os olhos do mundo. Ficou famoso pela Teoria Geral da Relatividade e ganhou o prêmio Nobel de Física por suas contribuições à física teórica. Ainda assim, o cientista encontrava tempo para praticar seu esporte favorito: a vela.
Sim, o gênio da física e da matemática adorava velejar. E navegou a vida toda, especialmente depois que completou 50 anos e seus amigos lhe presentearam um veleiro de 9 metros, que ele chamou de Tümmler — nome que significa toninha em alemão.
Na Alemanha nazista, seu veleiro foi confiscado. Exilado nos EUA, escreveu a um amigo afirmando que era o objeto mais precioso que havia deixado para trás. Enquanto dava aulas na Universidade de Princeton, o gênio alemão comprou outro veleiro: o Tineff, de 16 pés. Frequentemente, podia ser visto navegando perto da foz do rio Connecticut, em Old Saybrook. Também fez viagens pelos lagos Carnegie e Saranac, perto de Rhode Island.
Perfeccionista, dizia que qualquer pessoa que embarcasse com ele tinha o direito de cometer dois erros no manejo das velas; no terceiro, ele explodiria e ficaria de mau humor. Segundo a teoria de Einstein, o homem deve aprender com seus erros e que quem não aprende é um idiota perfeito e, portanto, não podia ser digno de velejar com ele.
Ainda assim, seus amigos diziam que ele vivia encalhando seu barco, por manter o pensamento distante, como forma de relaxar depois de longas jornadas desenvolvendo equações complicadas. Em 1944, enquanto navegava no lago Saranac, seu barco atingiu uma pedra e afundou. Uma corda emaranhou sua perna, e ele ficou preso por baixo da vela, mas conseguiu encontrar o caminho para a superfície sem entrar em pânico e foi salvo por uma lancha que passava ao lado.
Talvez por isso, ao escrever o livro Before the Wind, o escritor Jim Lynch tenha carregado nas tintas ao descrever o lado velejador do gênio alemão: “Einstein não era um grande marinheiro, provavelmente nem um medíocre.” Além disso, Einstein não sabia nadar, mas se recusava a usar colete salva-vidas.
Em 1953, sua última mulher, Johanna Fantova, declarou a um jornal que Einstein não estava muito bem de saúde, mas ainda assim não abandonava seu grande prazer: velejar. “Nunca o vejo mais feliz e de melhor humor do que quando está em seu veleiro, apesar de ser um barco incrivelmente primitivo.”
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