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A empresa holandesa Studio Komma está trabalhando em um conceito inovador de habitação, que pretende transformar navios mercantes aposentados em luxuosas casas ecológicas, compondo várias comunidades sustentáveis.
A fase inicial do Marine-doc Estate conta com duas comunidades planejadas somente para a Holanda, a princípio. Posteriormente, o intuito é expandir o projeto a nível internacional. De acordo com a localização de cada edificação, uma propriedade pode ter de 6 até 10 casas marítimas espalhadas pelas mais variadas paisagens, preferencialmente naturais, de acordo com a empresa.
A primeira etapa é a transferência dos antigos cargueiros: de seus estaleiros para os locais definitivos em terra, por meio de guindastes. As eco-comunidades serão organizadas em terrenos naturais, com a conexão de águas abertas como um requisito, procurando equilibrar privacidade, senso de comunidade e proximidade com o habitat natural das embarcações.
Uma vez posicionadas no local adequado, as estruturas de metal serão readequadas de forma que atendam aos padrões de sustentabilidade do projeto, sem que o design externo do navio seja alterado. Apesar de reconstruída, como variam em formato, aparência e tamanho, cada casa terá uma estética única, sendo a originalidade das embarcações a semelhança entre as residências.
Como a oferta é a de reaproveitamento de navios que chegaram ao fim de sua vida econômica, a arquitetura não poderia ser diferente: cheia de contemporaneidade, ela integra o design moderno sustentável ao patrimônio industrial funcional da forma mais detalhada possível, e se adapta aos padrões de vida dos possíveis compradores.
De acordo com os arquitetos, características originais como as da popa, da casa do leme e do convés da proa se mantêm, apesar de aprimoradas com “formas geométricas elegantes”, para fornecer contrapeso estético. Com até 60 metros de comprimento em seu interior, o volume será delimitado com divisórias flexíveis, que permitirão aos futuros residentes personalizar o layout, acabamento e decoração.
Visando a integração entre design e paisagismo externo, a Marine-doc Estate optou pela inclusão de um grande terraço com jardim na cobertura de cada residência, o que proporciona vistas de todos os lados dos terrenos da propriedade. As casas também terão espaços ao ar livre e, ao passo que o lado sul proporciona uma grande entrada de luz natural por ser, majoritariamente, de vidro, o lado norte permanece fechado, com o intuito de manter a intimidade dos moradores.
Quanto à sustentabilidade no caso da energia elétrica, os moradores poderão contar com sistema fotovoltaico, coletores solares e isolamento térmico e acústico em todos os pavimentos. Todas as casas têm o benefício de estarem prontas para se conectar a uma infraestrutura de rede inteligente da comunidade para a distribuição da demanda e o monitoramento da implantação de energia.
O parque paisagístico será construído de acordo com as condições históricas e naturais existentes do terreno e se tornará acessível ao público. Uma interação bem planejada entre as casas e as linhas de visão abre o local e garante a privacidade dos residentes. A empresa de arquitetura naval consultada é a Flamme Yatch Design.
Por Naíza Ximenes, sob supervisão da jornalista Maristella Pereira
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