Marinha inicia montagem de reator do protótipo de propulsão nuclear
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O Programa Nuclear da Marinha (PNM) avançou mais uma fase no Programa de Desenvolvimento de Submarinos (ProSub). No último dia 21, o PNM deu início à montagem do reator, no protótipo em terra, da planta de propulsão nuclear. Esse protótipo fica no Centro Experimental Aramar, em Iperó, no interior de São Paulo. A planta de propulsão nuclear, que está sendo construída no Laboratório de Geração Nucleoelétrica (Labgene), será replicada futuramente na construção do “Álvaro Alberto”, o primeiro submarino brasileiro com propulsão nuclear.
Mantendo a tradição naval, o início da montagem do reator foi celebrado com o “batimento de quilha”, que representa o início da construção de um navio. A cerimônia contou com a presença de grandes nomes, como o presidente da República, Jair Bolsonaro; do ministro da Defesa, Fernando Azevedo e Silva; do comandante da Marinha, almirante de esquadra Ilques Barbosa Júnior, além de outras autoridades e representantes de órgãos, instituições e empresas participantes do Programa.
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Logo após essa cerimônia, foi instalada uma sela fixa sobre um vaso metálico de contenção, que também é chamado de “Bloco 40” no Labgene. De acordo com o Portal Naval, nas próximas etapas do programa, o reator, os turbogeradores, o motor elétrico e outros sistemas similares aos de um submarino com propulsão nuclear serão testados de forma controlada no Labgene. O objetivo princial dos testes é validar, de forma segura, a operação do reator e dos diversos sistemas eletromecânicos a ele integrados, antes de sua instalação a bordo do submarino.
Ao final dos testes, um reator similar será instalado no submarino Álvaro Alberto”, no Complexo Naval de Itaguaí – RJ. Lá, já estão sendo construídos ou testados os quatro submarinos com propulsão dieselelétrica também previstos no ProSub: o “Riachuelo” (S40), o “Humaitá” (S41), o “Tonelero” (S42) e o “Angostura” (S43).
A expectativa é de que, com o PNM e o ProSub — dois programas extremamente complexos —, o Brasil conquiste a capacidade de projetar, construir, operar e manter submarinos com propulsão nuclear. Atualmente, essas competências são dominadas por apenas cinco países: Estados Unidos, Reino Unido, França, Rússia e China.
Por Naíza Ximenes, sob supervisão da jornalista Maristella Pereira
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