Mergulhador encontra resquícios de naufrágio de 1,8 mil anos em Israel
Um mergulhador encontrou em um navio naufragado partes da carga rara, que era composta por artefatos feitos de mármore
Quem pratica o mergulho, seja por lazer ou esporte, entende que pode avistar de tudo no fundo do mar. Mas Gideon Harris ficou realmente surpreso enquanto explorava as águas da costa noroeste de Israel. Isso porque, inesperadamente, o mergulhador encontrou um navio naufragado há mais de 1,8 mil anos.
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Harris primeiramente se deparou com artefatos de mármore que estavam sendo transportados no navio e, em seguida, notificou a Autoridade de Antiguidades de Israel (IAA).
A equipe de especialistas então descobriu que o navio havia naufragado devido a uma tempestade na região de Moshav Beit Yanai, ao norte de Netanya, na época do Império Romano.
Esse navio guardava a carga marítima mais antiga desse gênero, pois nessa época não era comum haver peças para construção feitas de mármore genuíno, como é o caso destes artefatos.
Entre os objetos encontrados estão colunas de padrões vegetais, colunas de mármore e também a parte superior dessas peças. Segundo os especialistas da IAA, essa carga seria destinada para a construção de um edifício público, por exemplo um teatro ou um templo.
Já sabíamos da existência dessa carga naufragada, só que não tínhamos a ideia da localização exata, pois o navio estava coberto de areia, então não podíamos investigá-la – Koby Sharvit, diretor da unidade de arqueologia subaquática da IAA
De acordo com Koby, essa descoberta coloca um fim no debate entre arqueólogos, que há anos discutiam a ideia de os elementos arquitetônicos do período romano serem feitos nas terras de origem ou enviados parcialmente prontos. Pelo que o mergulhador encontrou no navio naufragado, os produtos seriam finalizados por artistas locais.
Para o diretor Koby, esse navio estava vindo do Mar Egeu ou do Mar Negro e teria como destino o sul do Levante, Gaza ou Ashkelon. Como o mergulho de Gideon trouxe novas perspectivas de estudo, ele ganhou um certificado do instituto.
Por Felipe Yamauchi, sob supervisão da jornalista Denise de Almeida
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