ONG quebra recorde de limpeza no mar e retira 103 toneladas de plástico do oceano


No final de 2020, após 48 dias de trabalho, uma das maiores expedições de limpeza marinha do mundo conseguiu extrair toneladas de plástico do oceano no que é conhecido como Grande Mancha de Lixo do Pacífico. O Ocean Voyages Institute, uma organização sem fins lucrativos para ajudar a preservar os oceanos, organizou a missão.
A Grande Mancha de Lixo do Pacífico é uma espécie de filme de terror, produzido pela geração atual. Esta área remota do oceano, entre a Califórnia e o Havaí, é um vórtice, onde o lixo gira em pilhas nas águas do oceano. Esse lixo consiste em uma enorme quantidade de plásticos derivados da pesca, assim como plásticos descartáveis, que se acumulam na área, formando ilhas inteiras de itens de descarte.

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O site ecosfera.com informa que “a expedição de limpeza do instituto conseguiu extrair impressionantes 103 toneladas de lixo do oceano. Os objetos que mais apareceram na coleção foram equipamentos de pesca comercial e redes fantasmas”.
Estas redes são responsáveis por parte da indecente pesca incidental que assola os oceanos do planeta, entre muitos outros absurdos. Como esperado, diz o site, a equipe da expedição encontrou vários esqueletos de tartarugas emaranhados nos escombros — um sinal de que as toneladas de lixo despejadas no oceano estão causando danos abismais aos ecossistemas marinhos.
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Mary Crowley, fundadora e CEO do Ocean Voyages Institute, comentou: “Excedemos nossa meta de capturar 100 toneladas de plásticos de consumo tóxicos e redes fantasmas abandonadas. Nestes tempos difíceis, continuamos ajudando a restaurar a saúde de nosso oceano, o que influencia nossa própria saúde e a do planeta. Os oceanos não podem esperar que essas teias e detritos se decomponham em microplásticos que prejudicam a capacidade do ecossistema de armazenar carbono além de envenenar a frágil teia alimentar”.
Estima-se que 80 mil toneladas de plástico ainda permaneçam na lixeira. A equipe espera organizar a próxima expedição de limpeza com mais três navios, trabalhando por meses para coletar mais lixo, que será levado à terra para reciclagem.


A CEO ainda completou seu relato: “Não tenho dúvidas de que nosso trabalho é tornar os oceanos mais saudáveis para o planeta e mais seguros para a vida selvagem marinha, já que essas redes nunca mais prenderão ou prejudicarão uma baleia, golfinho, tartaruga ou recife”.
Por Naíza Ximenes, sob supervisão da jornalista Maristella Pereira.
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