Opinião: festa de barcos clandestina em Santa Catarina não representa a comunidade náutica
No último sábado (17/04), alguns donos de barcos tiveram a infeliz ideia de organizar uma festa náutica clandestina no mar (com show ao vivo em uma plataforma flutuante), na Praia dos Magalhães, no Bairro Costeira da Armação, em Governador Celso Ramos, na Grande Florianópolis.
Uma festa que reuniu dezenas de lanchas (ao todo, 23), que ancoraram lado a lado, formando assim uma espécie de passarela. Música alta, bebidas, e que se danem o uso de máscaras e o distanciamento social.
Como se não bastasse o desrespeito às medidas de prevenção ao coronavírus, os participantes infringiram diversas regras do decreto vigente do Estado de Santa Catarina que busca frear o contágio da Covid-19, como proibição de aglomerações e eventos sociais.
A Polícia Militar e a Capitania dos Portos de Santa Catarina foram chamadas para verificar uma denúncia de perturbação do sossego e descumprimento de regras do decreto relacionado à pandemia. Das 23 embarcações flagradas desrespeitando as regras, os policiais encontraram 15 encostadas umas nas outras (amadrinhadas), o que é proibido pelo decreto. Os proprietários e marinheiros foram advertidos e precisaram desamarrar os barcos uns dos outros.
O decreto, em vigor até 6h de 26 de abril, diz que eventos sociais públicos ou privados estão proibidos, podendo funcionar apenas de forma online; que a utilização de embarcações de esporte e recreio fica restrita a um limite de 50% da capacidade, sendo vedado o amadrinhamento (encostar e amarrar) das mesma; e fica proibida a aglomeração de pessoas em qualquer ambiente, seja interno ou externo.
NÁUTICA vem a público repelir e condenar essa atitude absurda no meio da pandemia. Uma atitude que não carrega o verdadeiro espírito náutico que propagamos há mais de 40 anos. Acreditamos que os valores da preservação da vida e da saúde devem prevalecer em um momento como o que estamos vivendo. Por isso, desde o início da pandemia, recomendamos que os proprietários de barcos não façam aglomerações ou festas a bordo.
Acreditamos que um barco é um isolamento natural, assim como uma casa na fazenda, mas desde que respeitado o distanciamento seguro nas ancoragens e cada um no seu barco com suas famílias. Uma pessoa que desrespeita a regra leva o prejuízo para a sociedade inteira.
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