Project Natick
A Microsoft anunciou esta semana uma ação um tanto quanto inusitada: a empresa pretende construir os data centers mais econômicos e autossustentáveis do mundo. O Project Natick, como é chamado o novo projeto, consiste em uma série de esforços para posicionar os futuros servidores da Microsoft no fundo do mar.
O principal problema com a manutenção de data centers é a refrigeração: são necessários sistemas complexos (e caríssimos) para manter as máquinas em uma temperatura ideal. No fundo do oceano, os racks estariam sempre refrigerados de forma natural, o que simbolizaria uma economia absurda nesse quesito. Além disso, a empresa também acredita que poderá fabricar servidores autossuficientes, que usam turbinas para gerar sua própria eletricidade.
A Microsoft já desenvolveu um protótipo funcional de servidor marítimo. Batizada como Leona Philpot (em homenagem à personagem da franquia Halo), a máquina consiste em um conjunto de computadores selados em um container pressurizado e recheado com nitrogênio. Mais de cem sensores foram instalados para monitorar umidade, pressão e outras variáveis que podem acarretar problemas.
Embora sua existência só tenha sido divulgada agora, o protótipo foi lançado no mar em agosto de 2015, permanecendo em atividade durante 105 dias corridos. A equipe responsável pelo projeto afirma que o teste superou as expectativas. Agora, a companhia pretende aprimorar ainda mais esses servidores aquáticos a ponto de torná-los comercialmente viáveis. Se tudo der certo, seus arquivos do OneDrive estarão guardados em computadores submersos daqui a alguns anos.
Foto: Divulgação
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