Saiba o que fazer em caso de queimadura por água-viva
Com maior fluxo nas praias, período mais quente do ano colabora para casos de acidentes com o animal


Verão e banho de mar são duas coisas quase que complementares, principalmente no Brasil. Esse é o período em que os passeios à praia ficam mais frequentes e, consequentemente, os acidentes por queimaduras de água-viva, também. E quando isso acontece, você sabe o que fazer?
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Se a primeira ideia que veio a mente foi lavar a queimadura com água doce, pode descartar. O próprio Ministério da Saúde faz o alerta: a água doce pode piorar o quadro do envenenamento.
É importante ressaltar que receitas caseiras — como jogar álcool, urina ou refrigerante do tipo cola — também devem passar bem longe das queimaduras de águas-vivas. Essas substâncias, em vez de conter, vão estimular a liberação do veneno que ainda esteja retido nas células dos tentáculos.
O que fazer em caso de queimadura por água-viva?
A maioria dos acidentes com água-viva acontece, claro, no mar. De acordo com o Corpo de Bombeiros do Rio Grande do Sul, “a água quente é um atrativo para os turistas e também para elas”.
Em caso de queimadura por água-viva, a instituição recomenda tentar manter a calma, lavar o local do ferimento com água salgada e, em seguida, sair imediatamente do mar. Se a praia tiver um guarda-vidas, procure o profissional.
Apenas lavar não é o suficiente para cessar a dor da queimadura por água-viva. Entra aí um segundo passo: remover os tentáculos que podem ter grudado na pele. Mas é bom ter cuidado para evitar um novo acidente. O Ministério da Saúde recomenda que a ação seja feita com uso de pinça, lâmina ou luvas nas mãos.
A próxima etapa para aliviar o ferimento por água-viva é aplicar vinagre, mas sem esfregar a região. Dependendo da praia, os postos de guarda-vidas são equipados com frascos de vinagre, para fazer esses primeiros-socorros.
“Essa medida inativa cnidócitos, impedindo envenenamento posterior, uma vez que as células continuam despejando seu conteúdo na pele”, explica o Ministério da Saúde. Uma dica é aplicar uma compressa de vinagre no ferimento por 30 segundos, fazendo intervalos.
O protetor solar — indispensável não somente nas idas à praia — deve ser aplicado na área atingida a cada duas horas, já que os raios solares podem agravar o ferimento. Se após todas essas etapas os sintomas persistirem — ou piorarem –, o ideal é procurar por atendimento médico.
Como saber se fui queimado por uma água-viva?
Se a queimadura por água-viva não for óbvia e levantar dúvidas, para se ter certeza de que o ferimento foi causado pelo animal, vale avaliar alguns sintomas para dar início aos cuidados. Até porque a gravidade das lesões está diretamente associada ao tipo e tamanho do animal, idade e condições de saúde da vítima.
Entre os sintomas estão dor forte, inchaço e ardência, acompanhados por marcas vermelhas ou escurecidas deixadas pela ação do veneno na pele.
Em quadros mais graves, reações sistêmicas podem ser observadas, como dificuldade para respirar e engolir, dor no peito e de cabeça, câimbras, erupção cutânea, náuseas e vômitos. Algumas pessoas podem ainda ter reações alérgicas, como o edema de glote e o choque anafilático, que podem pôr em risco a vida. Nesses casos, antes de mais nada, é essencial buscar por ajuda profissional.
Dicas para prevenir acidentes com água-viva
Para evitar queimaduras por águas-vivas, o ideal é se prevenir. O Ministério da Saúde dá algumas dicas para evitar o contato com o animal. Confira a seguir:
- Evite áreas onde há presença de águas-vivas e caravelas (algumas praias possuem sinalização para isso, com o uso da bandeira de cor lilás);
- Pergunte ao guarda-vidas sobre a presença destes animais no local;
- Outro indicativo da presença das águas-vivas é o avistamento destes animais na areia da praia — não toque nelas, mesmo que estejam mortas;
- Ao caminhar na praia, procure utilizar calçado, evitando assim pisar em tentáculos de águas-vivas e caravelas;
- Ao praticar mergulho, considere utilizar roupa de mergulho que cubra a maior parte possível da pele.
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