De cruzeiro luxuoso a fraude e investigação criminal: mais um episódio da Life at Sea
História que começou com o sonho de viajar pelo mundo por 3 anos virou pesadelo com prejuízo milionário
Se a história que envolve a Life at Sea Cruises fosse contada como em uma série, esse seria o 3º episódio de uma temporada de estreia cheia de emoções — e prejuízos. Tudo começou com o sonho de viajar pelo mundo em um cruzeiro de 3 anos. Depois, veio o cancelamento da viagem e um prejuízo milionário. Agora, parece que chegou a vez da redenção dos injustiçados, com uma investigação criminal.
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Anteriormente, em Life at Sea Cruises: um cruzeiro de 3 anos ao redor do globo, somando 135 países a serem visitados, fez com que interessados investissem US$ 35 mil (cerca de R$ 172 mil, convertidos em janeiro de 2024) para viver a experiência. Contudo, a viagem, que teria início em 1º de novembro de 2023, foi cancelada, gerando um prejuízo inicial de US$ 180 mil (quase R$ 1 milhão) aos clientes da Life at Sea.
Além da perda do dinheiro, dezenas de passageiros ficaram sem ter para onde ir, já que, como o cruzeiro duraria 3 anos, muitos saíram de suas casas e venderam seus imóveis pela aventura de viver em alto-mar. A Life at Sea, por sua vez, informou que faria o reembolso do valor da viagem em parcelas mensais, a partir de dezembro de 2023 — o que não aconteceu.
Agora, em uma carta assinada por 78 desses passageiros, os clientes da Life at Sea estão pedindo a Markenzy Lapointe, procurador dos Estados Unidos para o Distrito Sul da Flórida, para iniciar uma investigação sobre a controladora Miray Cruises (proprietária da Life at Sea).
Na carta, os passageiros relatam que pagaram mais de US$ 16 milhões (R$ 78,5 milhões) entre si à Life at Sea Cruises, com a promessa de que esse dinheiro não seria usado como entrada para a aquisição de um navio — justamente o que aconteceu.
Para proporcionar a viagem, a ideia da Life at Sea Cruises era comprar o AIDAaura, um navio da AIDA Cruises, subsidiária alemã da Carnival Corp. Acontece que, após cerca de um mês e meio de incertezas, em 16 de novembro, outra empresa, a Celestyal Cruises, anunciou que tinha comprado o AIDAaura. Ou seja, não havia navio para realizar o cruzeiro.
Em comunicado ao NY Times, o diretor de operações da Miray Cruises afirmou que os reembolsos ainda não foram aprovados em razão de uma “documentação adicional” exigida pelo banco. Ainda de acordo com ele, o problema deve ser resolvido até 15 de fevereiro deste ano, apesar de os passageiros não acreditarem em mais essa promessa.
Será que vem um plot twist nessa história?
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