Campeão olímpico divide tempo no Brasil entre treinos e torcida pelo filho

Por: Redação -
06/01/2020
Foto: Divulgação

Robert Scheidt inicia o ano Olímpico, em suas próprias palavras, “energizado” e “muito motivado” para disputar a sétima olimpíada da vitoriosa carreira, em Tóquio, no mês de julho. Com a família no Brasil desde o Natal, ele treinou seis dias em Ilhabela (SP) e segue para Porto Alegre (RS) nesta sexta-feira (3) com dois objetivos. O primeiro é manter o ritmo de preparação na Classe Laser. O segundo é acompanhar o desempenho do filho, Erik, no 48º Campeonato Brasileiro da Classe Optimist, no Veleiros do Sul.

“Minha motivação está muito alta. Tive seis dias de treinos muito bons em Ilhabela, com vento e calor. E Ilhabela é um lugar que traz ótimas energias. Foi na ilha que sempre me preparei para todas as Olimpíadas anteriores e voltar a velejar em Ponta das Canas é especial”, afirma o bicampeão olímpico. No Rio Grande do Sul, o velejador espera que o clima continue quente e o vento a seu favor.

“A raia em Porto Alegre normalmente tem bons ventos e tempo quente nessa época do ano. Vai ser bom tanto para a preparação física como técnica, especialmente para acostumar o corpo a velejar no calor, pois é o que devo encontrar na Austrália, em fevereiro, e no Japão, em julho”, explica, se referindo ao Campeonato Mundial de Laser e aos Jogos Olímpicos, respectivamente. Scheidt não irá para a água sozinho. Treinará ao lado de jovens atletas locais. “Vou dividir a raia com atletas muito bons e em ascensão e isso será ótimo, além do fator horas no barco, que é fundamental”, garante.

Contudo, o jovem velejador que merecerá toda a atenção do maior medalhista olímpico da história do Brasil, com cinco pódios, é Erik Scheidt. Com dez anos de idade, o filho mais velho de Robert e que mora com o pai, a mãe e o irmão caçula na Itália, disputa seu segundo Campeonato Brasileiro. Ano passado, em Ilhabela, ele conquistou o título nacional entre os estreantes. Agora, sobe de categoria e encara um novo desafio, enfrentando os garotos mais velhos e experientes na categoria veteranos.

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São esperados 240 velejadores de nove estados para o 48º Campeonato Brasileiro da Classe Optimist. Na categoria de veteranos, a programação começou neste sábado (4), com as confirmações de inscrições e verificação de equipamentos. As medições serão abertas a todos no primeiro dia. Mas ao longo do domingo (5) e segunda (6), o local tem agendamento dividido por estados. As disputas no Veleiros do Sul começam na terça-feira (7) e seguem até o dia 14. Estão programadas 12 regatas, com três por dia, podendo ter mais uma extra.

Robert Scheidt analisou a temporada em que garantiu vaga para disputar a sétima Olimpíada, recorde entre os atletas brasileiros. “2019 marcou meu retorno à classe Laser após quase três anos ausente, desde os Jogos do Rio/2016. Foi um período de readaptação para as novas técnicas, nova geração e nova mastreação, já que agora mastro e vela são diferentes. Cumpri o objetivo principal que foi fazer o índice para Tóquio, mas é o momento de buscar evolução nesse início de 2020. Vou trabalhar para voltar a velejar entre os tops, melhorando meu nível, ao mesmo tempo que administro a carga de trabalho. Preciso ajustar o volume de treino para evitar lesões que me farão perder tempo na água até os Jogos e aprender a superar as dificuldades em competir com mais idade contra atletas que são, em média, 20 anos mais jovens”, completa.

Scheidt fez história ao garantir índice para os Jogos de Tóquio/2020 com o 12° lugar no Campeonato Mundial da Classe Laser, em Sakaiminato, no Japão, dia 9 de julho de 2019. Contudo, ainda precisa esperar a convocação final para a delegação brasileira. De acordo com o critério da Confederação Brasileira de Vela (CBVela), ele só perde a vaga se outro atleta do Brasil subir ao pódio no Mundial da Laser em 2020, que será entre 9 e 16 de fevereiro, em Sandringham, na Austrália.

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