O iate mais aventureiro do mundo pode ser seu por 350 mil dólares
Nem só de luxo se constitui o mundo dos superiates. Alguns se destacam pelas características aventureiras, e são chamados de explorer. Outros, levam uma infinidade de brinquedos a bordo, e mais se parecem um parque de diversões marítimo.
É o caso do SuRi, de 172 pés, que o casal de americanos Suzane e Richard Kayne (a sigla SuRi vem da junção das iniciais de seus nomes) comprou e adaptou — atenção para a excentricidade — exclusivamente para servir de embarcação de apoio de seu iate principal, o 164 pés JeMaSa (nome que vem da junção das iniciais das três filhas do casal, Jenny, Maggie e Sarrie).
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Em 2008, quando Suzane e Richard anunciaram a intenção de comprar o ex-pesqueiro de 172 pés construído em 1978 e transformá-lo em um iate particular, muita gente torceu o nariz e não entendeu nada. Afinal, repita-se, eles já eram donos de um luxuoso iate de 164 pés, e por que haveriam de precisar de um segundo barco praticamente do mesmo tamanho? Ainda mais um velho barco de pesca?
Mas o casal tinha outros planos para o esquisito SuRi: ele não seria usado como iate de verdade e sim como um mero barco de apoio para o próprio JeMaSa. Sua função seria abrigar o helicóptero e transportar todos os “brinquedos” náuticos da família (várias lanchas esportivas, um punhado de jets, pequenos veleiros, caiaques, equipamentos sofisticados de mergulho e até um toboágua), além de poupar o casal, um tanto quanto excêntrico, é verdade, do convívio com uma tripulação grande demais e do ruído da turbina do helicóptero com o qual se deslocavam do mar até Los Angeles, onde moram.
No JeMaSa, os pousos e decolagens perturbavam demais os banhos de sol da família, daí a ideia de ter uma espécie de navio-aeroporto de apoio, com espaço inclusive para um pequeno avião na popa – não há limites para os caprichos quando o bolso também não tem limites.
Com isso, após uma reforma de três anos, em 2011 o SuRi virou uma espécie de paiol monumental do JeMaSa, e ainda oferece luxos como quatro suítes, sala de ginástica e até um cinema para a tripulação, além de uma área ao ar livre que mais parece um clube lá no alto, com solários, bar completo, sofás e espreguiçadeiras e uma banheira de hidromassagem.
Enfim, um iate incomum, tanto na aparência quanto no propósito: ser uma espécie de sombra do JeMaSa. Aonde um ia, o outro ia atrás, ainda que a uma respeitável distância para manter a privacidade do casal. Até que Suzane e Richard se cansaram de seu iate de apoio e o repassaram ao The International SeaKeepers Society, um grupo de pesquisa, ciência e conservação marinha com o objetivo de disseminar a educação sobre os ecossistemas marinhos.
O melhor de tudo é que, em meios às suas atividades, o grupo disponibiliza o SuRi em uma operadora de charter — em que o iate diferentão pode ser fretado por US$ 350 mil por semana. Quem já foi garante que a diversão vale cada centavo pago. Pense em um brinquedo náutico. Qualquer um. Pode acreditar, o SuRi tem a bordo.
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