De Recife a Noronha: inscrições para a Refeno 2024 abrem em 1° de fevereiro

Maior regata oceânica da América Latina tem percurso de 300 milhas náuticas e 38 anos de tradição

31/01/2024
Foto: Tsuey Lan Bizzocchi / Divulgação

Os veleiros tem um lugar especial no coração dos amantes do mundo náutico. Com a ajuda das velas, esses barcos parecem desfilar sobre as águas, enquanto realizam grandes travessias mar adentro. É o que acontece na Regata Internacional Recife – Fernando de Noronha. Mais conhecida como Refeno, a edição de 2024 receberá inscrições a partir de fevereiro.

Quase como um encontro de tradições, a Refeno existe há nada menos que 38 anos e, em 2024, a maior — e mais charmosa — regata oceânica da América Latina chega à 35ª edição.

 

Organizada pelo Cabanga Iate Clube de Pernambuco, a regata terá início em 28 de setembro de 2024. Os velejadores interessados em participar da Refeno 2024 devem garantir sua vaga no site oficial. As inscrições abrem no dia primeiro de fevereiro.

Foto: Tsuey Lan Bizzocchi / Divulgação

Durante a Refeno, os participantes percorrem 300 milhas náuticas de percurso (ou 560 km), partindo do Marco Zero, ponto turístico de Recife, até a paradisíaca Fernando de Noronha. Ou seja, o percurso proporciona aos velejadores, do começo ao fim, paisagens que estão entre as mais belas do país.

Maior regata oceânica da América Latina

Desde 1986, a regata reúne barcos de vários estados brasileiros — e até de outros países — para uma competição única e já tradicional que, ao longo de seus 38 anos, acompanhou a evolução daquilo que, literalmente, a move: os veleiros.

 

Para se ter uma ideia, no início de tudo isso, as embarcações contavam apenas com os astros para determinar sua rota de navegação.

Foto: Tsuey Lan Bizzocchi / Divulgação

O número de participantes também seguiu crescendo, e o que começou com apenas 22 corajosos alcançou números talvez impensáveis no início — mas que fazem total sentido hoje em dia. Em 2004, a Refeno quebrou um recorde, com mais de 140 barcos inscritos na regata, com veleiros de tamanhos e categorias diferentes.

 

Vale ressaltar que, atualmente, por determinação do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBIO), o número de participantes é limitado a 100 embarcações — para garantir que o ecossistema local não sofra danos.

Foto: Tsuey Lan Bizzocchi / Divulgação

As categorias, aliás, são bastante variadas, abrangendo embarcações de classes como: ORC, VPRS, RGS, Mocra, Multicascos: Catamarãs e Trimarãs, Metal, Bico de Proa, Aberta e Turismo. Algumas, contudo, precisam apresentar o certificado de medição, com validade anual.

Recordes e premiações

O principal recorde da Refeno foi estabelecido em 2007 e, até hoje, ninguém foi capaz de quebrá-lo. O detentor do melhor tempo é o veleiro Adrenalina Pura, da Bahia, do comandante Georg Ehrensperger, com 14 horas, 34 minutos e 54 segundos.


O recorde dos monocascos é um pouco mais recente, de 2017, com o veleiro gaúcho Camiranga, comandado por Gabriel Samuel Albrecht, em uma travessia que durou 19 horas, 03 minutos e 18 segundos.

Foto: Tsuey Lan Bizzocchi / Divulgação

Na Refeno, o fita azul não é o único a ser premiado: os três primeiros colocados das diversas classes também recebem troféus.

 

Outras premiações ainda valorizam a chegada dos competidores, como o barco que veio de mais longe, os tripulantes mais jovem e mais velho, o barco com maior percentual de mulheres e, ainda, o “Troféu Tamar: tartaruga marinha” para o penúltimo colocado.

 

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