IMOCA conclui Transat Jacques Vabre com mais um recorde

Por: Redação -
24/11/2017
Foto: Divulgação

A edição 2017 da Transat Jacques Vabre – maior regata transatlântica do mundo – foi marcada por mais um recorde na classe IMOCA. Os 13 barcos que largaram de Le Havre, na França, concluíram o percurso. O último foi o Mary – Etamine Du Lys, que cruzou a linha de chegada na Baía de Todos-os-Santos às 14h17 (Horário de Brasília) desta quarta-feira (22).

Nas outras edições, pelo menos um 60 pés ficou pelo caminho. Outra marca batida foi a de melhor tempo da regata até Salvador, na Bahia. O St Michel – Virbac foi o campeão com 13 dias, 7 horas e 36 minutos para 8 mil quilômetros de travessia.

”A gente tem um barco que navega menos, mas é mais sólido. Estamos muito surpresos de todos estarem aqui”, disse Romain Attanasio, do Mary – Etamine Du Lys. ”São barcos que navegaram muito nas últimas temporadas da vela oceânica. Na última edição, a regata saiu com 20 veleiros na largada e terminou com nove em Itajaí”.

”Acredito que o fato está relacionado à preparação das equipes e às condições de vento no percurso. Estamos ficando cada vez menos enjoados a bordo”, brincou Aurélien Ducroz, também do Mary – Etamine Du Lys.

Durante os 8 mil quilômetros, os velejadores pegaram ventos fortes, mas as rajadas mais significativas não passaram de 80 km/h.

Sobre a IMOCA

IMOCA é a abreviação de International Monohull Open Class Association. A categoria é usada na volta ao mundo em solitário Vendée Globe. Os 60 pés, com ou sem fólios, estão entre os monocascos de regatas oceânicas mais rápidos da atualidade. A classe está em constante inovação, principalmente na construção do mastro, quilha e dos fólios.

Mas a tecnologia não quer dizer garantia de resultado. O SMA, vice-campeão da IMOCA, é um modelo mais antigo e sem os fólios, que literalmente fazem os barcos planar mais. A dupla Paul Meilhat e Gwenole Gahinet até tentou colocar os fólios, mas optou por seguir somente com a bolina, que é uma lâmina presa à quilha para evitar o deslocamento lateral do barco.

”No início do ano, não sabíamos o que esperar para a Transat Jacques Vabre. As nossas condições eram piores. Não sabíamos se poderíamos pegar pódio. Ficamos surpreendidos com a performance do barco e a posição que conseguimos manter. Foi bastante gratificante terminar em segundo lugar”, explicou Gwenole Gahinet, skipper do SMA.

Atualmente, a classe IMOCA é uma das mais representativas no cenário da vela internacional e mantém uma das comunidades de praticantes mais ativas no mundo. Em 2019, a Transat Jacques Vabre deve ter mais de 20 IMOCA por ser um teste para a Vandée Globe 2020.

RESULTADO FINAL

1 – St Michel – Virbac  – 13 dias, 7 horas e 36 minutos

2 – SMA – 13 dias, 13 horas e 58 minutos

3 – Des Voiles e Vous! – 14 dias, 1 horas e 31 minutos

4 – Malizia II – 14 dias, 21 horas e 31 minutos

5 – Bastide Otio – 15 dias, 3 horas e 59 minutos

6 – Initiatives-Coeur – 15 dias, 7 horas e 40 minutos

7 – Bureau Valée 2 – 15 dias, 16 horas e 2 minutos

8 – Generali – 16 dias e 34 minutos

9 – La Fabrique – 16 dias, 2 horas e 4 horas

10 – Vivo à Beira – 16 dias, 5 horas e 20 minutos

11 – La Mie Câline-Artipôle – 16 dias, 17 horas e 7 minutos

12 – Newrest – Brioche Pasquier – 16 dias, 21 horas e 41 minutos

13 –  Mary – Etamine Du Lys  – 17 dias, 3 horas e 42 minutos

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