Bluebird K7, icônico ‘barco voador’, pode voltar à ativa após décadas abandonado
O icônico hidroavião Bluebird K7, que pertenceu ao recordista britânico Donald Campbell, poderá voltar à ativa em breve. O ‘barco voador’, responsável por quebrar quatro recordes mundiais, passou décadas debaixo d’água, mas foi restaurado e agora ocupa um lugar de destaque no Museu Ruskin.
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A instituição cultural, focada em guardar o melhor da história de Coniston, na Inglaterra, recebeu o aeroplano neste mês e informou que planeja solicitar às autoridades locais a permissão para operar o Bluebird K7 novamente.


Embora reforce que o projeto “não é algo que acontecerá do dia para a noite”, garantiu que “será feito” e que uma equipe de engenharia está a postos para fazer o famoso hidroavião funcionar.
Vitórias e desastres
A história por trás do Bluebird K7 é um tanto conturbada. Em seus anos dourados, o ‘barco voador’ permitiu que Campbell estabelecesse quatro recordes mundiais de velocidade nas competições realizadas no lago Coniston Water. Ele chegou a receber um motor novo, mais potente e leve para tentar quebrar o quinto recorde, em janeiro de 1967.


Contudo, a empreitada não só não deu certo, como foi fatal para o piloto. O ‘barco voador’ atingiu 510 quilômetros por hora e decolou, mas não suportou a velocidade e quebrou-se, caindo de volta na água. A morte de Campbell foi instantânea.
Nas décadas que se seguiram, o Bluebird enfrentou um longo período abandonado no fundo do lago, até ser recuperado em 2001 e restaurado. Em 2018, já estava novamente inteiro e o engenheiro Bill Smith, que teve grande participação na reconstrução do hidroavião, reivindicou sua posse.
Disputa pelo Bluebird K7
Se por um lado Smith queria o Bluebird para si, pelo outro a filha de Campbell, Gina, alegava o mesmo direito de propriedade.
A batalha foi para o campo judicial e permaneceu longe dos olhos do público por vários anos, até que, recentemente, o hidroavião foi entregue ao museu, evento que marcou o retorno dele para a cidade natal após 20 anos na cidade de North Shields. Na ocasião, uma multidão se acumulou nas ruas para dar as boas-vindas de volta ao Bluebird K7.


O hidroavião agora repousa em uma ala especial, dedicada a Campbell. Segundo Jeff Carroll, vice-presidente dos curadores do museu, o espaço está aberto desde 2010, mas até então operou como se fosse um “anel sem diamante”, situação que mudou com a chegada do aguardado ‘barco voador’.
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