Ministério da infraestrutura pretende emplacar o programa “BR dos Rios”. Entenda

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Em agosto, o Governo Federal pensou em um programa para incentivar a navegação de cabotagem no país. O plano foi nomeado de “BR dos Mares”. Agora, o Ministério da Infraestrutura pensa em um programa que estimule, também, a navegação pelos rios que cortam o território nacional.
Mesmo que sem um nome, mas apelidado de “BR dos Rios”, a meta é que o projeto fique pronto para o início de 2021, visando atrair investimentos tanto públicos quanto privados, para ampliar a demanda de, sobretudo, transportes de cargas pelas hidrovias do país.
Segundo a Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), a navegação pelos rios brasileiros movimentam 5% das cargas no país. O objetivo é que em quinze anos esse número possa subir para 8%.
O principal foco neste momento é atrair a iniciativa privada, segundo Dino Batista, diretor do Departamento de Navegação de Hidrovias do ministério. A partir da busca por investidores é possível viabilizar novas hidrovias e ampliar aquelas que já estão em operação, como Tocantins-Araguaia, Tapajós e São Francisco.
“A ideia é estimular cada vez mais esse tipo de transporte e integrá-lo aos demais criando corredores logísticos para baratear os custos de frete”, disse Batista.
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A hidrovia de Tapajós tem cerca de 840 km de extensão até a junção dos rios Teles Pires e Juruena, na divisa entre Pará, Amazonas e Mato Grosso. Há quatros anos essa hidrovia era inexpressiva no transporte de cargas, mas atingiu neste ano a marca de 11 milhões de toneladas por conta de sua interligação com o último trecho da BR-163, permitindo que a safra do Centro-Oeste siga até o Norte do país.
O Brasil tem cerca de 27,4 mil km de rios navegáveis e outros 15,4 mil km de trechos que, com algum investimento, poderiam ser navegados, segundo a Antaq. Sendo assim, o ministério avança em duas frentes para potencializar esse projeto.
Na primeira delas, o Banco Mundial e uma consultoria especializada estão concluindo um estudo para analisar os aspectos econômicos e administrativos de cada hidrovia no país. Na segunda frente, uma equipe do próprio ministério conduz estudos sobre quão viável é a atuação nas hidrovias de Tapajós e do Madeira.
Em conclusão, o governo definiu como meta a redução da dependência de rodovias, que hoje respondem por 65% do movimento de cargas até 2035. A ideia é, aos poucos, migrar os meios de transportar cargas no Brasil.
Por Gustavo Baldassare sob supervisão da jornalista Maristella Pereira
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