Mais de 50 embarcações abandonadas serão retiradas da Baía de Guanabara

Governo do RJ pretende remover todas as embarcações à deriva no local até novembro de 2024

23/05/2023
Foto: Tânia Rêgo / Agência Brasil

A fim de retirar todas as 51 embarcações que atualmente estão abandonadas na Baía de Guanabara, no Rio de Janeiro, um força-tarefa foi formada entre a Secretaria Estadual de Energia e Economia do Mar, a PortosRio e o Instituto Estadual do Ambiente (Inea).

O trabalho, que surgiu após um levantamento que identificou resquícios de partes de barcos à deriva no mar depois de um navio abandonado bater na Ponte Rio-Niterói, teve início na última quarta-feira (17). A previsão de conclusão da retirada das 50 embarcações é de 18 meses — ou seja, em novembro de 2024.

Foto: PortosRio / Reprodução

A presença de embarcações abandonadas na Baía de Guanabara pode, segundo autoridades estaduais, afetar a navegabilidade da região e aumentar ainda mais a poluição no local, além de causar possíveis acidentes.

A maioria dessas embarcações está abandonada há décadas e não podemos mais esperar – Álvaro Savio, diretor-presidente da PortosRio

“É hora de agir e resolver definitivamente essa questão, em benefício de todos os usuários da Baía de Guanabara, com o intuito de minimizar os riscos à navegação e ao meio ambiente”, completou Álvaro.


Em novembro de 2022, o navio graneleiro São Luiz, que estava ancorado na Baía de Guanabara desde 2016, bateu na Ponte Rio-Niterói ao ser levado pelo vento e gerou transtornos para a população, uma vez que a via ficou fechada por mais de três horas.

Foto: Tânia Rêgo / Agência Brasil

Segundo a PortosRio, que lidera a operação de retirada das embarcações, o processo começará pelas embarcações menores e, posteriormente, envolverá a retirada dos navios, o que requer operações mais complexas. Um relatório deverá ser finalizado ainda neste semestre com o cronograma e forma de tirada de cada uma das embarcações, informou o governo estadual do Rio de Janeiro.

 

Os materiais recolhidos serão catalogados e passarão por uma triagem. “O que for possível aproveitar será destinado à reciclagem. Já o descarte será feito em uma área apropriada, de acordo com as normas ambientais”, explicou Álvaro Savio.

 

Náutica Responde

Faça uma pergunta para a Náutica

    Relacionadas

    Marolas podem trazer riscos; confira dicas para evitar ou atenuar

    As "ondinhas" formadas pelos barcos parecem inofensivas, mas são perigosas

    Como navegar à noite: dicas para sair em segurança com seu barco

    Navegação noturna envolve mais riscos e exige o dobro de atenção no posto de comando; confira

    Manual da ancoragem: saiba tudo sobre âncoras e como atracar com segurança

    Equipamento pode ter diferentes formas e adequações; saiba qual faz mais sentido para o seu barco

    Esculturas bordadas: artista francesa reproduz formas, texturas e cores dos corais

    As obras poéticas de Aude Bourgine pretendem despertar admiração pela natureza e o desejo de protegê-la

    Conheça Shicheng, cidade chinesa de 600 anos submersa propositalmente

    Local foi inundado há 64 anos para a construção da barragem hidrelétrica e hoje recebe mergulhadores