Opinião: comprar um barco novo, além de todo o prazer que proporciona, é um ótimo investimento

Por: Redação -
16/08/2022

Por Renato Meira*

“Para quem adora navegar, como eu, mas ainda não se convenceu de que vale a pena ter um barco novo para chamar de seu, eu costumo apresentar alguns números que derrubam qualquer preocupação que se possa ter: o barco não desvaloriza como um carro — pelo contrário, muitas vezes até valoriza, oferecendo mais retorno que aplicações financeiras — e, na ponta do lápis, é um ótimo investimento!

Surpreso? Todo mundo fica mesmo. Mas, contra números não há argumentos. Na média, uma embarcação perde, no máximo, 20% do seu valor no primeiro ano de uso, e cerca de 10% nos subsequentes — até chegar à metade do custo de um novo, quando, então, seu preço estabiliza. Isso explica por que nem sempre as lanchas usadas são assim tão mais baratas do que as novas.

Isso tudo, repito, na média. Porque, muitas vezes, o barco até valoriza. É o que está ocorrendo agora, com muitas marcas, no mercado brasileiro.

Dependendo da demanda, o comprador paga “x” por uma lancha e, pouco tempo depois, essa mesma lancha está valendo “x” mais “y”.

Vou dar um exemplo concreto, tomando como modelo o caso de um amigo, para mostrar que vale a pena comprar um barco. Em 2012, esse meu amigo comprou uma lancha de 43 pés por R$ 1,5 milhão. Hoje, uma lancha igual custa por volta de R$ 2,5 milhões. Ou seja, houve uma valorização de 70%!

Está certo que o dinheiro, numa aplicação financeira, também seria corrigido. Mas a remuneração dificilmente seria tão grande, e ainda haveria o perigo de a aplicação produzir resultado negativo. Com o barco, não. Você aumenta seu patrimônio sem correr riscos.

Já no caso dos carros, para ficar na comparação inicial, a perda média de valor é bem maior, entre 25% e 30% apenas no primeiro ano, e segue declinando nos anos seguintes. Há outras vantagens para o bolso em relação ao automóvel. Por exemplo: não existe IPVA náutico.

Também, ao contrário do que se costuma pensar, a manutenção de um barco não é nenhum absurdo. No caso de um carro, somando-se o valor do IPVA, do seguro, do combustível para cerca de 1.000 quilômetros por mês, dos estacionamentos e da depreciação, em apenas um ano perde-se em torno de 50% do valor investido — ou seja, em dois anos, daria para comprar outro carro igualzinho.

Já para um barco a despesa somada chega a, no máximo, 30% do valor do barco, incluindo combustível para 10 horas de uso por mês, material de limpeza, manutenção, seguro, estadia na marina, marinheiro e revisões do motor.

Faça as contas aí. Não parece, mas ter um barco sai mais em conta do que comprar um segundo ou terceiro carro para a família — com a vantagem extra de que nenhum automóvel vai até onde um barco chega.”

*RENATO MEIRA mora em São Paulo e está em sua quarta lancha: uma cabinada de 35 pés. Todas, aliás, compradas no São Paulo Boat Show.

Vem aí o São Paulo Boat Show 2022

A histórica 25ª edição do São Paulo Boat Show está chegando. De 23 a 28 de setembro, a capital paulista vai sediar o maior salão náutico indoor da América Latina. São esperados para 2022 mais de 100 expositores, distribuídos por uma área climatizada de 90 mil m², com dezenas de novidades em lanchas, veleiros, jets, infláveis, motores, equipamentos, acessórios e serviços, além de atrações como destinos náuticos, palestras e objetos de luxo. Prepare o coração!

Anote aí!

SÃO PAULO BOAT SHOW 2022
Quando?
 De 23 a 28 de setembro
Onde? São Paulo Expo
Mais informações: saopauloboatshow.com.br

VEJA TAMBÉM
>>De submarino caseiro a dicas para comprar barco: palestras NÁUTICA TALKS chegam ao São Paulo Boat Show
>> Visitantes do São Paulo Boat Show têm descontos exclusivos em hotéis

ESTE ESPAÇO É SEU! Se você tem algo a dizer sobre a vida náutica, mande e-mail para [email protected] com o seu relato.

Náutica Responde

Faça uma pergunta para a Náutica

    Relacionadas

    Armatti Yachts vai exibir três lanchas no Marina Itajaí Boat Show 2024

    Modelos de 30, 37 e 42 pés marcarão presença no evento, que acontece de 4 a 7 de julho

    Por que a tocha olímpica não apaga debaixo d’água? Entenda

    Tradicional revezamento que antecede os Jogos contou com trecho submerso na França, a 20m de profundidade no Mediterrâneo

    Enorme submarino de guerra surge em Santos, no litoral de São Paulo

    Embarcação da Marinha, o Tikuna - S34 chamou a atenção ao atracar com tripulantes sobre o casco

    Quase 1.500 anos: cientistas identificam a planta marinha mais antiga do mundo

    Espécie de alga marinha surgiu no Mar Báltico no período das Invasões Bárbaras, de 375 d.C. a 700 d.C

    Copa Mitsubishi de Vela: 2ª etapa termina com premiação e domingo sem ventos

    Participantes disputaram regatas no sábado, mas premiação aconteceu no dia seguinte sem novas competições