Mar dos Açores, em Portugal, registra fenômeno da natureza incomum. Saiba mais

Por: Redação -
30/04/2021

Devido ao aparecimento de pyrosomas em grande número no mar dos Açores, o fenômeno está sendo alvo de um estudo internacional, adiantou o investigador da Universidade dos Açores, João Pedro Barreiros. Nesta fase inicial, a pesquisa vai tentar fazer a identificação genética dos exemplares que têm surgido por todo o arquipélago dos Açores.

Inscreva-se no canal de NÁUTICA no YouTube e ATIVE as notificações

Pyrosomas se assemelham a um grande tubo, oco de um dos lados, que pode chegar aos oito metros de comprimento, cabendo perfeitamente uma pessoa. Costumam surgir nas profundezas do oceano, mas estão a aparecer bem perto da costa do local. Não são animais, mas um fenômeno da natureza que, apesar de parecer assustador, trata-se de uma estrutura inofensiva.

“Não são minimamente perigosos, não há qualquer risco. É evidente que alguém que está mergulhando ou nadando e dá de caras com uma estrutura, com um tubo transparente de oito metros de comprimento, é capaz de se assustar, mas não há aqui venenos, nem toxinas, nem nada comparável com as águas vivas [alforrecas] ou com as caravelas, nada disso”, afirmou Barreiros.

“O que nos chamou a atenção é haver muitos e muito dentro da costa, inclusive a baixíssimas profundidades. Eu cheguei a ser chamado para ver colônias dessas por pessoas que estavam pescando no porto de Pipas, em Angra do Heroísmo”, na Ilha Terceira, disse o biólogo.

Leia também

» Tradicional estaleiro francês apresenta projeto de catamarã movido a hidrogênio

» Estaleiro espanhol apresenta nova linha de lanchas equipadas com motores de popa

» Conheça o megaiate holandês lançado há anos e visto como um marco até hoje

Os pyrosomas estão normalmente a grandes profundidades e são avistados esporadicamente ao longo de anos. Este ano, têm aparecido em abundância e junto à costa açoriana. Em termos de aspecto, é semitransparente, mas tem alguma coloração que resulta da cor do aparelho digestivo dos pólipos que formam essa colônia.

“Temos uma série de amostras que, quando chegar ao inverno, serão enviadas para um laboratório nos Estados Unidos para tentarmos perceber se se trata de mais do que uma espécie. Estamos também a mapear com maior precisão possível os avistamentos, as observações dessas colônias. De fato, estamos compilando uma base de dados muito interessante que mostra uma distribuição imensa desses organismos à volta das ilhas”, explicou João Pedro.

Além de João Pedro Barreiros, o estudo está sendo coordenado também por uma bióloga do Instituto Oceanográfico de Woods Hole, nos Estados Unidos, e “tem progredido através de um número de observações nunca antes registado”, que poderá ajudar num maior conhecimento sobre pyrosomas, que servem de alimento a tartarugas e a outros animais marinhos.

O biólogo tem contado com a colaboração de mergulhadores, caçadores submarinos e turistas para recolher amostras e pede a colaboração de outras pessoas neste sentido. As coletas podem ser feitas à mão e colocadas num frasco com água do mar e entregues na Universidade dos Açores ou junto às autoridades marítimas.

Não perca nada! Clique aqui para receber notícias do mundo náutico no seu WhatsApp.

 

Náutica Responde

Faça uma pergunta para a Náutica

    Relacionadas

    Itajaí terá o primeiro shopping do Brasil voltado para as águas da marina

    Com investimento de R$ 100 milhões, o local terá integração com a Baía Afonso Wippel, no complexo Marina Itajaí

    Diretoria de Turismo do Itaipu Parquetec celebra um ano incentivando o setor no Paraná

    Data foi celebrada no Dia Mundial do Turismo, em 27 de setembro; conheça iniciativas da gestão no período

    Patrimônio histórico e turismo de ilhas da Bahia foram recuperados com recursos próprios

    Isabela Suarez, presidente da Fundação Baía Viva, contou sobre o processo na 9ª edição do Congresso Internacional Náutica

    NX Boats estará no Boat Show de Fort Lauderdale pela 3ª vez consecutiva

    Em ano histórico para a marca, estaleiro exibirá cinco lanchas em evento nos Estados Unidos. Veja quais!

    Teste NÁUTICA: comparamos os jets RXT-X e RXP-X, da Sea-Doo, equipados com motor de 325 hp

    Os dois modelos fazem parte linha 2024, têm a mesma potência e pertencem a mesma família, mas são bem diferentes