Robert Scheidt fica no top 10 em primeiro dia de evento-teste da Olimpíada
Classificado para os Jogos de Tóquio-2020 na classe Laser, o brasileiro Robert Scheidt iniciou, neste sábado (17), em Enoshima, no Japão, a sua participação no Ready Steady Tokyo, evento-teste da vela para a Olimpíada de 2020. Maior medalhista olímpico do Brasil ao lado de Torben Grael, com cinco pódios cada, sendo dois deles com ouros, obtidos em Atlanta-1996 e Atenas-2004, o velejador se manteve no Top 10 nas disputas do dia, no qual cruzou a linha de chegada com um oitavo e um sexto lugares nas regatas de abertura da competição.
“As condições são bem duras aqui, com ventos entre 16 a 18 nós e muitas ondas. E foi um dia bom para mim. Eu poderia ter ido um pouquinho melhor na segunda prova, mas fazer duas regatas no Top 10 é uma boa média. A semana é longa, ainda faltam oito regatas e estou contente com a maneira como iniciei a disputa”, afirmou Scheidt, ao comentar o seu desempenho neste sábado.
O evento-teste será a quarta grande competição de Scheidt em seu retorno à Laser, após cerca de dois anos afastado desta classe da vela. E no último Mundial da Laser, realizado no mês passado, em Sakaiminato, também no Japão, ele fez história ao terminar em 12º lugar e garantir índice para a Olimpíada de Tóquio. Com isso, ele está prestes a se tornar o recordista brasileiro em participações em Jogos Olímpicos, com sete no currículo.
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O experiente e lendário velejador de 46 anos também analisou neste sábado a raia de disputas em Enoshima, onde serão realizadas as competições da vela na Olimpíada de 2020. “O que já deu para sentir é que, além do vento forte, o calor também demanda mais energia. Isso significa que a preparação física será fundamental. Em função das ondas, outro ponto que dá para melhorar é o popa. Neste evento-teste, meu objetivo é me manter entre os dez melhores, um resultado melhor do que no Mundial. Isso é importante, principalmente, pelo fator motivacional. Mas o fundamental nesta semana em Enoshima é entender quais são os melhores caminhos quanto à preparação para Tóquio-2020”, ressaltou o atleta.
De acordo com o critério estabelecido pelo Conselho Técnico da Vela (CTV) e ratificado pela Confederação Brasileira de Vela (CBVela), o bicampeão olímpico só perde a vaga se outro atleta do Brasil for medalhista no evento-teste de Enoshima – onde é o único velejador brasileiro na Classe Laser – ou subir ao pódio no Mundial da Laser em 2020.
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