Sino centenário é recuperado de navio naufragado em 1908

Objeto estava no Star of Bengal, segundo naufrágio mais mortal da história do Alasca, que deixou 110 mortos

Por: Nicole Leslie -
24/06/2025
Foto: Stephen Prysunka / Reprodução

Um artefato que carrega consigo parte da história — e de uma tragédia — foi retirado das profundezas do oceano no último mês de maio. Trata-se do sino do navio Star of Bengal, naufragado em 1908 nas águas do Alasca. A tragédia é considerada o segundo naufrágio mais mortal da região, com 110 vítimas fatais.

Com mais de 150 anos de idade, o sino foi resgatado durante uma expedição voluntária organizada por moradores locais. O objetivo inicial era mapear e identificar o local do naufrágio, mas a equipe também conseguiu içar o objeto histórico.

Sino recuperado do navio naufragado. Foto: Stephen Prysunka / Reprodução

Agora, a peça será submetida a um tratamento especializado para evitar a chamada “doença do bronze” — um processo intenso de corrosão causado pelo longo contato com a água salgada. O custo estimado da restauração é de até US$ 10 mil (cerca de R$ 55 mil, na cotação de junho de 2025).


Após o processo de recuperação, o sino será entregue ao Museu Wrangell, no Alasca, onde ficará exposto ao público.

Tragédia marcada na história do Alasca

O naufrágio do Star of Bengal ocorreu em 20 de setembro de 1908, nas proximidades da Ilha Coronation, durante uma forte tempestade. A embarcação estava sendo rebocada em direção a San Francisco quando os ventos violentos causaram seu afundamento.

 

O episódio se torna ainda mais dramático ao revelar que a maior parte das vítimas eram trabalhadores de uma fábrica de conservas, que eram transportados pelo navio. Segregados da tripulação, eles estavam trancados no porão dianteiro e não conseguiram escapar da embarcação.

Tripulação do Star of Bengal. Foto: Parque Nacional Marítimo de San Francisco / Reprodução

Pelo número de mortos e pela gravidade do ocorrido, o naufrágio do Star of Bengal é considerado o segundo pior da história do Alasca, ficando atrás apenas do desastre com o Princess Sophia, em 1918, que resultou na morte de 343 pessoas.

 

Náutica Responde

Faça uma pergunta para a Náutica

    Relacionadas

    1º do mundo: megaiate a vela zero emissões promete armazenar a energia de 88 Teslas

    Embarcação de 70 metros da Vripack ainda busca impulsionar a indústria com projeto 100% em código aberto

    Jubartes, arraias e pinguins: fim de semana em Arraial do Cabo (RJ) é marcado por avistamentos

    Animais marinhos foram flagrados na região fluminense neste domingo (13); Veja imagens!

    Mais de 6 mil milhas navegadas e 30 locais visitados: os números incríveis da Expedição Antártica

    Jornada de 83 dias que virou série passou por surpresas, testou a tripulação em desafios e precisou de muito planejamento

    Semana de Vela de Ilhabela 2025: saiba detalhes e programação

    Competição reúne atletas profissionais, medalhistas olímpicos, amadores e cruzeiristas de 19 a 26 de julho

    100 metros em cem anos: estudo prevê encolhimento das faixas de areia no Rio de Janeiro

    Projeções foram feitas com base no cenário mais otimista de aquecimento global. Entenda os impactos