Um sonho de verão que se transformou na classe de veleiros HPE25. Conheça a história

Inscreva-se no canal de NÁUTICA no YouTube e ATIVE as notificações
O primeiro campeonato brasileiro da classe HPE25 completou 15 anos em novembro deste ano. Mas, a história da classe começou a ser escrita um pouco antes, há 17 anos.
Hoje, são mais de 60 barcos construídos e flotilhas em Ilhabela, Guarapiranga, Rio de Janeiro, Salvador e em Porto Alegre. Sendo assim, a classe mantém a sua essência: alta competitividade no mar, alegria de velejar e camaradagem.
Mas, quais foram os primeiros passos para alcançar tais números?
A ideia de criar uma nova classe de vela surgiu através do desejo do velejador e empresário Eduardo de Souza. A procura de um barco compacto, seguro e com boa performance, entrou em cena o amigo, e também velejador, Felipe Furquim, que de cara se entusiasmou e lembrou do arquiteto naval Javier Soto Acebal, com quem já havia realizado alguns projetos.
O sonho começou a sair do papel e, a cada passo, se tornava mais concreto: eles buscavam um veleiro de 25 pés, veloz, fácil de velejar, de modo que não precisasse ser tripulado por atletas; pudesse ser rebocado por carro e que pudesse ser removido da água facilmente. “Quando expus os quesitos do projeto para o Javier, ele adorou, pois era um grande desafio”, disse o Felipe.
Entusiasmados com o modelo apresentado por Javier, Eduardo e Felipe decidiram fazer o barco. Compraram o projeto e foram fazendo acertos e desenvolvendo no papel. Depois disso, foi tudo muito rápido, e em 2003 o Amarelinho nasceu, feito no estaleiro Marco Landi.
Leia mais:
>> Teste Sedna 36 HT: uma ótima lancha para quem deseja começar a dormir a bordo
>> Velejando sozinho e sem gps, canadense dá volta ao mundo em jornada épica
>> Brasileiro constrói veleiro com filmes solares nas laterais do casco para viajar o Atlântico
Com algumas vendas e testes realizados em Ilha Bela e no Rio de Janeiro, era chegada a hora da produção em série de barcos idênticos. “Pesquisamos, pedimos instruções para muita gente e começamos a fazer os barcos na fábrica da Mitsubishi, 22 unidades”, conta Eduardo.
Com o tempo, correções sugeridas por diversos velejadores foram implementadas no HPE, de forma que atualizações foram feitas para que, aos poucos, a classe evoluísse cada vez mais.
O passo definitivo
Com 11 barcos ativos, era necessário dar firmeza para a classe e reunir todos os velejadores, daí a criação do 1º Campeonato Brasileiro de HPE25, em novembro de 2005, em Angra dos Reis.
De cara, deu para conferir a competitividade da classe, com disputas acirradas que levaram três tripulações diferentes a vencer cada uma das três regatas da competição. A partir daí, entre 2003 e 2008, a classe se consolidou e fidelizou quem já tinha o barco, além de atrair novos velejadores.
Depois, outros torneios e eventos movimentaram a classe, promoveram boas regatas e grandes disputas. Montando assim, uma flotilha de sucesso até na represa Guarapiranga. Hoje, a flotilha HPE conta com 62 barcos e pode, quem sabe, conquistar novos territórios. A missão é nobre: manter a classe brasileira no topo da vela nacional.
Por Gustavo Baldassare sob supervisão da jornalista Maristella Pereira
Gostou desse artigo? Clique aqui para assinar o nosso serviço de envio de notícias por WhatsApp e receba mais conteúdos.
Náutica Responde
Faça uma pergunta para a Náutica
Relacionadas
Embarcação de estaleiro turco VisionF Yachts teria sido encomendada por empresário do ramo de tecnologia
Bom velhinho atracou no rio Itajaí-Açu, onde recebeu a chave da cidade para as prévias das celebrações de fim de ano
Ex-jogador astro da NFL compartilhou o momento em suas redes sociais no último domingo (26)
Celebração aconteceu na paradisíaca Praia de Carneiros, em Pernambuco, e contou com cerca de 500 convidados
Evento de 4 dias gerou cerca de R$ 30 milhões em negócios. Ao todo, 40 barcos foram vendidos