Aventureira Tamara Klink se torna a primeira brasileira a atravessar sozinha o Círculo Polar Ártico
Sozinha, ela realizou a viagem que durou mais de dois meses, a bordo de um veleiro de aço
Já pensou em como deve ser cruzar o Círculo Polar Ártico absolutamente sozinho? Pois Tamara Klink, de 26 anos, arquiteta e filha do navegante e escritor Amyr Klink, conseguiu realizar essa travessia e se tornar a primeira brasileira — e a mais jovem navegadora do país — a realizar o percurso sozinha.
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Foram mais de dois meses cercada por icebergs e na companhia de peixes e pássaros. A arquiteta aventureira percorreu 2.500 milhas entre Camaret sur Mer, na França, e Aasiaat, na Groenlândia, a bordo do veleiro de aço Sardinha 2, com 10,5 metros de comprimento.
Mais difícil do que navegar essa distância, foi planejar toda essa viagem. O orçamento tinha suas limitações e a travessia foi atrasada em cinco meses por conta de imprevistos, tornando a navegação diferente do planejado inicialmente.
Com isso, Tamara perdeu os períodos na Groenlândia em que o sol brilha durante 24 horas — entretanto, pegou também menos icebergs no caminho. Além disso, ela viajou sem acesso à internet, e a troca de e-mails por satélite era restrita à equipe técnica.
Para correr atrás do tempo perdido, decidi cortar muitas escalas do caminho, fazendo trechos bem mais longos de navegação — Tamara Klink
Segundo a aventureira, o caminho até o círculo polar é de alto risco. Havia icebergs grandes e pequenos não detectados no radar que surgiam de repente. Para sua segurança, ela recebia relatórios diários sobre a posição dos blocos de gelo.
Aqui há poucos locais para fazer reparos se houver um acidente ou se acontecer um problema no motor no meio do radar — relatou Tamara
Vale destacar que o planejamento para realizar a travessia até o Ártico começou ainda em 2022, e teve vários momentos em que Tamara pensou em desistir. Segundo ela, pelo menos uma vez por dia, escrevia em seu diário que estava com muito medo — sensação que aumentava quando ia ancorar.
Mas no final de tudo, a longa e solitária viagem valeu a pena e Tamara concluiu sua terceira travessia. Antes, ela já tinha se tornado a mais jovem brasileira a atravessar o Oceano Atlântico sozinha.
É um exercício em que estou sempre encontrando novas energias, estímulos e, para uma mulher, isso é muito motivador — compartilhou Tamara Klink
Encantada com a beleza da natureza diariamente — principalmente com o mar e seus icebergs — Tamara se orgulhou de sua trajetória. Por fim, a mais jovem brasileira a atravessar o Círculo Polar Ártico sozinha deseja “mudar o imaginário do que uma mulher é capaz”.
Por Áleff Willian, sob supervisão da jornalista Denise de Almeida
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