Quase 3 vezes o tamanho de São Paulo: maior iceberg do mundo tem imagens registradas

Chamado de A23a, iceberg de 400 metros de espessura e 4 mil km² voltou a se mover após 30 anos

08/02/2024
Foto: Canal no YouTube da British Antarctic Survey / Divulgação

Algumas coisas parecem inacreditáveis até que sejam retratadas por imagens — e ainda assim, por vezes, continua difícil de acreditar. É o caso do A23a, maior iceberg do mundo, que voltou a se mover após 30 anos preso ao fundo do oceano na Antártica.

O iceberg tem 4.000 km², ou seja, quase três vezes o tamanho da cidade de São Paulo (a metrópole tem área de 1.521 km²).

Foto: Canal no YouTube da British Antarctic Survey / Divulgação

No final de 2023, o maior iceberg do mundo já chamava atenção de estudiosos por ter começado a se mover, coisa que não acontecia desde 1986, quando a gigantesca plataforma de gelo encalhou no Mar de Weddell, no oceano Antártico.

 

Agora, o instituto de pesquisa British Antarctic Survey divulgou novas imagens do A23a, registradas graças ao navio de pesquisa RRS Sir David Attenborough.

 

 

O maior iceberg do mundo, que tem ainda 400 metros de espessura, foi visto quando o RRS Sir David Attenborough passou pelo A23a durante sua rota em direção ao Mar de Weddell — local onde outra missão científica será realizada.

Foto: Canal no YouTube da British Antarctic Survey / Divulgação

Temos sorte de que a expedição do A23a não tenha interferido nos prazos apertados de nossa missão científica, pois é incrível ver este enorme iceberg pessoalmente. Ele se estende até onde a vista alcança– Andrew Meijers, líder científico da British Antarctic Survey

De acordo com a British Antarctic Survey, o A23a deve ser arrastado pela Corrente Circumpolar Antártica em direção ao Atlântico Sul, para um trecho conhecido como o “beco dos icebergs” — onde a grande maioria dos icebergs do setor Weddell acaba “encalhando”.


Os cientistas acompanharão de perto o progresso do A23a. Isso porque, caso o maior iceberg  do mundo encalhe na ilha da Geórgia do Sul, poderá causar problemas aos animais locais — como focas, pinguins e outras aves marinhas que se reproduzem na ilhas –, além de perturbar rotas regulares de alimentação das espécies.

 

Náutica Responde

Faça uma pergunta para a Náutica

    Relacionadas

    Barcos clássicos a vela e a motor mostraram seu charme na Represa de Guarapiranga

    Realizados pelo Yacht Club Paulista, eventos reuniram cerca de 2 mil pessoas para apreciar embarcações cheias de história

    Comprador misterioso adquire iate histórico dos Estados Unidos por valor de "pechincha"

    Considerado raro, barco fabricado nos anos 60 foi arrebatado por menos de US$ 1 milhão; confira

    Navio ‘amaldiçoado’ que naufragou 115 anos atrás é encontrado nos EUA

    Adella Shores saiu ao mar com uma carga de sal e 14 tripulantes em 1909, mas nunca mais foi visto

    Robô submarino descobre cinco fontes hidrotermais nas profundezas do Pacífico

    Jatos de água chegam aos mais de 300°C e estão a cerca de 2,5 mil metros de profundidade

    Antigo superiate da coleção de "Benettis" de ex-piloto da Ferrari é vendido por US$ 30 milhões

    Graham de Zille iniciou acervo há quase 25 anos; embarcação vendida foi a terceira das quatro adquiridas por ele