Perigo no Pacífico Sul

Por: Redação -
13/03/2015

O ciclone batizado de Pam – de categoria 5 – causou mais uma vez o adiamento da quinta etapa da Volvo Ocean Race, regata que será disputada entre a Nova Zelândia e o Brasil. Especialistas indicam que o fenômeno é o mais forte dos últimos 40 anos no Pacífico Sul e está causando ventos de mais de 200 km/h e chuvas torrenciais. Por isso, a organização e os atletas decidiram por bem adiar a largada visando segurança da tripulação e barcos. Até a próxima terça-feira (17) nenhum veleiro pode deixar Auckland.

“Vimos nove ciclones categoria 5 nos últimos 40 anos no Pacífico Sul e este é o mais forte. Quando se aproxima das águas mais frias, ele vai diminuir de intensidade, mas vamos ver ondas gigantes de 8 e 9 metros”, disse Richard Green, da estação de rádio meteorologista RadioLIVE Nova Zelândia.

Knut Frostad, CEO da Volvo Ocean Race, voltou a se manifestar. “Estas condições são raras na regata e até na Nova Zelândia. Nós não vamos começar a perna até terça-feira”.

A decisão final de quando os barcos vão seguir viagem rumo a Itajaí será neste domingo após o comunicado oficial da Volvo Ocean Race. Para evitar problemas, a organização começou a desmontar as estruturas da Vila da Regata de Auckland, pois o fenômeno se aproxima da terra com ventos próximos 120 km/h.

Um ciclone é o mesmo tipo de fenômeno que um furacão ou um tufão, mas um nome diferente dependendo de onde ele é gerado. Eles se originam de um sistema de tempestades não-frontal caracterizada por um centro de baixa pressão. Roda no sentido horário na direção do hemisfério sul e sentido anti-horário no hemisfério norte. Quando uma tempestade deste tipo ultrapassa 118 km/h é renomeada de ciclone, furacão ou tufão.

“A tripulação do barco Mapfre fez um novo estudo de rota e podemos até nem atrasar tanto a chegada no Brasil no começo de abril. Quando tem condição de ventos fortes e onda gigantes, os barcos não correm tanto para poupar material e equipamento. Com a situação um pouco mais branda, podemos até acelerar mais. Mesmo assim a ansiedade é grande de chegar em casa”, disse o brasileiro André Fonseca.

A organização confirmou que irá realizar, neste sábado (14), a In-port Race ou Regata Local de Auckland. A prova faz parte de um campeonato paralelo da Volvo Ocean Race e os pontos servem para desempate na classificação geral.

Foto: Matt Knighton/Abu Dhabi Ocean Racing

 

Curta a revista Náutica no Facebook e fique por dentro de tudo que acontece no mundo náutico.

Náutica Responde

Faça uma pergunta para a Náutica

    Relacionadas

    Parque eólico no mar adotará radar flutuante para evitar colisão de pássaros

    Na Holanda, sistema que combina tecnologias desligará geradores em caso de aproximações de aves

    Parque aquático na Inglaterra terá ‘playground flutuante’ para desafios na água

    Inspirada em programa de TV, atração abre ao público no final de maio

    Atleta da Marinha oriunda de projeto social garante vaga nas Olimpíadas de Paris

    Terceiro-Sargento Laura Amaro representará o Brasil no Levantamento de Peso

    Calor fez nível do oceano aumentar mais no Brasil do que no resto do mundo

    Segundo relatório da OMM, 2023 ficou marcado pelo recorde de temperatura e pela maior elevação dos mares já registrada

    Quase 200 metros! Estaleiro holandês está construindo o veleiro mais alto do mundo

    Embarcação da Royal Huisman mede quatro vezes mais que o Cristo Redentor, mas ainda não tem data para estrear