Tradicional etapa da Volvo Ocean Race larga com brasileira novamente
A Etapa 2 da Volvo Ocean Race promete ser um verdadeiro jogo de estratégia pelo Oceano Atlântico. Os sete barcos que disputam a Volta ao Mundo partem de Lisboa, Portugal, para a Cidade do Cabo, na África do Sul. Serão 7 mil milhas náuticas ou quase 13 mil quilômetros de regata para mais de 20 dias de prova.
Confirmada na equipe AkzoNobel, Martine Grael está animada para fazer sua estreia numa verdadeira etapa de Volvo Ocean Race. ”A expectativa para a perna para a África do Sul está bem boa. Agora vamos estar com a tripulação completa. Acho que será um desafio pra mim passar 20 dias confinada num barco. Mas acho que vai ser legal”, disse Martine Grael.
A etapa até a Cidade do Cabo faz parte da história da regata de Volta ao Mundo. Será a décima vez que os sul-africanos recebem a competição. E descer o Atlântico exige muita atenção. A começar pela passagem pelas ilhas Canárias e Cabo Verde, as calmarias dos Doldrums e agora uma pequena passagem pelos mares do sul antes de dobrar para o destino final.
Nesta edição, as opções táticas ficaram muito mais abertas, já que foi removido o tradicional gate na ilha de Fernando de Noronha, a 170 milhas da costa do Brasil.
”Passar do Equador será um grande marco pra mim, será a minha primeira vez …e depois vou passar pelos mares do sul, pois a antes de chegar na África do Sul a gente faz uma grande curva até lá. Serão cinco dias de bastante vento e onda”, falou a brasileira Martine Grael. O team Akzonobel ocupa a quarta colocação na classificação geral. Líder da Volvo Ocean Race, o comandante Charlie Enright do Vestas 11th Hour Racing espera uma etapa bastante interessante do ponto de vista tático. ”Usualmente tínhamos quase de ir até ao Brasil…como se costuma dizer West is the Best”.
“Vamos ver no que vai dar”, disse Xabi Fernández, do MAPFRE: “É difícil dizer. O Joan Vila (navegador) vai ter muito trabalho, mas confiamos nos seus instintos e seguramente teremos uma boa passagem pelo Equador.”
”Será uma etapa interessante e julgo que vamos ter a maior separação da flotilha em comparação às últimas edições da Volvo Ocean Race. Vamos ver o que acontece”, disse David Witt, skipper do Sun Hun Kai/Scallywag. Antes de se mandar para o Atlântico, terá um percurso dentro do Rio Tejo, com bóias montadas na Praça do Comércio. As equipes rumam depois à África do Sul com ventos soprando entre os 15 e 18 nós.
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