Startup apresentou barco elétrico com hidrofólios no Palm Beach Boat Show


A startup Navier, nascida no Vale do Sicílio, escolheu um dos melhores eventos possíveis para anunciar sua primeira criação: o Palm Beach International Boat Show. A apresentação é de um barco elétrico de 27 pés.
Sob a liderança de dois engenheiros do MIT, a empresa lançou o Navier 27: um modelo com foil, elétrico e que promete alcance de mais de 75 milhas a 20 nós de velocidade.
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Para isso, a embarcação foi equipada com um conjunto de hidrofólios no leme e na proa. A inspiração surgiu dos foils de alta performance da America’s Cup. O objetivo de instalar adereços como esses é minimizar a superfície molhada e reduzir o arrasto.
Dentre toda a tecnologia de ponta a bordo, está um piloto automático inteligente. Ele se responsabiliza pela velocidade e pelo rumo, utiliza um sistema para o controle de vôo e possui uma ferramenta inovadora de acoplamento assistido. O objetivo é atualizar o software a ponto de permitir capacidade total de autonomia na direção do piloto automático.
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Ainda possui um alerta de perigo, avisando sobre o perigo à frente (ou abaixo), assim como sistema de controle ativo de foil. Há, também, controle de estabilização emprestado da indústria aeroespacial, acoplamento de joystick auxiliado por sensor e monitoramento remoto.

Este é o primeiro barco elétrico de recreio a ser concebido propriamente nos Estados Unidos. Ele consegue erguer o casco acima da água a partir dos 18 nós e abriga 10 passageiros, com ondas de até 1,2 metros. A velocidade máxima é de pouco mais de 30 nós, de acordo com informações iniciais de seu idealizador. Vem em duas versões: com capota rígida, para navegação em climas quentes, e com cabine, para proteção o ano todo.
Alguns empreendedores de sucesso estão por trás desse lançamento. Samprit Bhatacharyya é um deles: cofundador, CEO da Navier, doutor em engenharia mecânica pelo MIT, especializado em projeto hidrodinâmico e com experiências relevantes nesse meio — tanto na tecnologia marítima quanto na construção de sistemas de controle de vôo na NASA.


Outro nome importante é o de Reo Baird, mais um dos cofundadores. Ele é engenheiro aeroespacial, elétrico e de computação, que possui um grande histórico relacionado à navegação (principalmente depois de percorrer mais de 10 mil milhas marítimas como profissional). Um velejador apaixonado pelo mar, Baird fez questão de implementar a tecnologia autônoma no iate, um dos pontos chaves do lançamento.
Quando questionados sobre o objetivo da startup, a resposta não poderia ser diferente: “A Navier não é qualquer empresa de navegação. Ela está tentando reinventar o navio como o conhecemos e definir o futuro do transporte marítimo”.
Por Naíza Ximenes, sob supervisão da jornalista Maristella Pereira.
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