Conheça o barco-aranha que vem assustando os navegadores nos Estados Unidos
Da série coisas estranhas que navegam, essa “aranha” é um catamarã de 30 metros de comprimento (98 pés), com dois cascos que atuam de forma independente, projetado para navegar suavemente, adaptando-se às ondas. Para isso, suas pernas são montadas com molas de titânio, como amortecedores, que permitem ajuste à superfície da água, tais quais joelhos flexionados. Por conta do design incomum — quatro “pernas” que conectam a superestrutura aos estabilizadores — ganhou o apelido óbvio de “spider boat”.
Como tantos projetos inovadores, nasceu no Vale do Silício, na Califórnia, pelas mãos do engenheiro e oceanógrafo Ugo Conti, que investiu US$ 1,5 milhão na construção do protótipo, que foi para a água pela primeira vez em 2007, na Baía de São Francisco. Sua estreia foi um espetáculo: parecia uma aranha se balançando sobre as ondas.
Seus estabilizadores armazenam 7500 litros de combustível, que abastecem os dois motores Cummins QSB 5.9 diesel de 355 hp cada, capazes de alcançar 30 nós de velocidade máxima, com autonomia de 4 350 milhas náuticas. O barco desliza na água, em vez de se sentar nas ondas, por isso usa muito menos combustível.
Como se faz para entrar na cabine, que fica a seis metros de altura, entre as pernas da “aranha”? Simples, a cabine, com capacidade para quatro pessoas, funciona como um elevador, abaixando para a tripulação entrar e sair.
Apesar de ser conhecido popularmente como spider boat, o nome de batismo desse catamarã é Proteus, uma deidade marinha, na mitologia grega. Conti o considera o protótipo de uma nova classe de embarcação, que ele chama de WAM-V (navio modular adaptável às ondas).
O barco foi projetado para tudo, desde uso militar até estudos biológicos, passando por exploração oceânica e operações de salvamento, e já está sendo testado pela Marinha americana.
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